São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010 |
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CRÍTICA COMÉDIA "A Ressaca" é um dos piores filmes dos últimos tempos
ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA "Péssimo" é pouco. Depois de "A Ressaca", a Folha terá de rever sua classificação de filmes. Trata-se de um dos piores filmes lançados no circuito comercial nos últimos anos. Uma comédia que desce a níveis de qualidade tão baixos de roteiro, diálogo e interpretações que já se configura como um marco a ser batido. O estranho é notar a presença de John Cusack, ator pouco acostumado a frequentar produções tão escabrosas. Além de atuar, Cusack também fez a produção do filme. FESTA DE ARROMBA "A Ressaca" é uma comédia sobre três amigos fracassados que, para relembrar os bons tempos, se reúnem em um antigo hotel, palco de festas de arromba nos anos 80. Por razões que só as mentes enigmáticas dos roteiristas (foram três!) podem explicar, os amigos entram num ofurô mágico, que os transporta de volta aos anos 1980. É sério. "A Ressaca" busca se inserir na tradição norte-americana de comédias eróticas juvenis, como "Clube dos Cafajestes" ou a série "Porky's". São comédias eminentemente masculinas, com um humor escrachado, misógino e homofóbico. O último filme de sucesso do gênero foi "Se Beber, Não Case", que este "A Ressaca" tenta copiar descaradamente. Tanto que o título em português é a tradução de "The Hangover", nome original de "Se Beber, Não Case". "A Ressaca" tenta se valer da insuportável nostalgia pelos anos 1980, mostrada na produção como uma época de liberdade sexual e roupas engraçadinhas. O elenco ressuscita alguns ícones daquela década maldita, como Crispin Glover (o pai de Michael J. Fox em "De Volta para o Futuro"), William Zabka (o sádico que atormenta Ralph Macchio em "Karate Kid") e o intragável Chevy Chase.
A RESSACA |
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