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Números indicam que cinema italiano começa a sair de crise
DA ENVIADA A VENEZA
Dentre os 23 filmes selecionados para a competição de
Veneza, há quatro italianos
-nenhum deles com grandes chances de sair do evento
com um prêmio.
A média, por razões óbvias, é muito maior do que
em qualquer outro grande
festival do mundo e, até por
isso, serve de bússola para
quem deseja saber a quantas
anda a produção do país.
Algo que chama a atenção,
neste ano, são os números.
Em 2009, os filmes nacionais
ocuparam 34% do mercado
nacional, fatia próxima à do
cinema francês.
Só em Veneza, há 29 longas. Muitos deles em mostras
específicas, como a "Jornada
do Autor", mas, ainda assim,
indicam que, se o parâmetro
for quantidade, a produção
começa a sair da crise há
tempos diagnosticada.
O que se depreende dos filmes exibidos é que os novos
autores tentam aproximar-se
do que é chamado cinema de
mercado. A exemplo do que
acontece no Brasil, a Itália
discute até onde deve ir o
apoio do Estado e o quanto os
filmes devem atrair investidores privados.
No entanto, a julgar pela
comédia "La Passione", de
Carlo Mazzacurati, e pelo histórico "Noi Credevamo", de
Mario Martone, a viabilidade
econômica não está ligada à
qualidade artística.
(APS)
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