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Associação quer curtas de novo
free-lance para Folha
A intensa produção brasileira
de curtas-metragens não chega
aos cinemas nacionais. É um paradoxo. Afinal, o curta talvez seja
o segmento mais forte de nossa cinematografia, haja visto a espantosa quantidade de filmes produzidos no período mais difícil da
história do cinema nacional, no
início desta década.
Nem sempre os curtas ficaram
relegados a exibições esporádicas
em festivais de cinema, como
ocorre hoje. Havia, até o fim dos
anos 80, uma lei que obrigava os
cinemas a exibirem um curta-metragem antes de cada sessão, seja a
sessão do filme que for.
"No lugar do curta agora entra
propaganda. É um complemento
de renda para o exibidor. Para
voltar à lei do curta, seria necessário que houvesse hoje uma exibição incentivada, ou seja, diminuir
a carga tributária do exibidor, algum imposto, vinculando isso à
exibição de um filme de curta-metragem." Essa é a proposta de
Leopoldo Nunes, presidente nacional da Associação Brasileira de
Documentaristas (ABD).
De outro lado, o secretário do
Audiovisual, José Álvaro Moisés,
reconhece que "esse é um ponto
importante". Mas, antes de qualquer coisa, para ele "é preciso discutir isso com a sociedade, já que
não se deve promulgar uma lei
sem o consenso e apoio da população".
A ABD avisa que sua "maior
bandeira atualmente é a volta da
lei do curta". "O curta é onde se
forma o cineasta", conclui Nunes.
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