São Paulo, Sexta-feira, 10 de Setembro de 1999
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Associação quer curtas de novo

free-lance para Folha

A intensa produção brasileira de curtas-metragens não chega aos cinemas nacionais. É um paradoxo. Afinal, o curta talvez seja o segmento mais forte de nossa cinematografia, haja visto a espantosa quantidade de filmes produzidos no período mais difícil da história do cinema nacional, no início desta década.
Nem sempre os curtas ficaram relegados a exibições esporádicas em festivais de cinema, como ocorre hoje. Havia, até o fim dos anos 80, uma lei que obrigava os cinemas a exibirem um curta-metragem antes de cada sessão, seja a sessão do filme que for.
"No lugar do curta agora entra propaganda. É um complemento de renda para o exibidor. Para voltar à lei do curta, seria necessário que houvesse hoje uma exibição incentivada, ou seja, diminuir a carga tributária do exibidor, algum imposto, vinculando isso à exibição de um filme de curta-metragem." Essa é a proposta de Leopoldo Nunes, presidente nacional da Associação Brasileira de Documentaristas (ABD).
De outro lado, o secretário do Audiovisual, José Álvaro Moisés, reconhece que "esse é um ponto importante". Mas, antes de qualquer coisa, para ele "é preciso discutir isso com a sociedade, já que não se deve promulgar uma lei sem o consenso e apoio da população".
A ABD avisa que sua "maior bandeira atualmente é a volta da lei do curta". "O curta é onde se forma o cineasta", conclui Nunes.


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