São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2008

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Crítica

Altman recria ambiente de jogo nos EUA

CRÍTICO DA FOLHA

Nunca se poderá acusar Robert Altman por não experimentar. Cada um de seus filmes vai para um caminho diferente do anterior, busca saídas novas. Agrada ou não. "Jogando com a Sorte" (TCM, 0h10; classificação indicativa não informada), por exemplo, não é tido em alta conta, nem teve grande repercussão a seu tempo (é de 1974).
Mas, quando quero me lembrar do ambiente de jogo, tal como representado nos EUA, é ele que me vem à cabeça. Os modos eufóricos de Elliott Gould, a grande mesa dos senhores dedicados por horas e horas ao carteado, a paisagem de Reno e tudo mais me vêm à mente com intensidade.
Junto vem a idéia de uma narrativa anárquica, que parece muito mais interessada no momento do que na seqüência (que existe só para constar), de um ar carregado de ansiedade, mas também de certa leveza.
Altman faz com que o humor venha junto com o sentido de observação: o diretor não é hostil a seu objeto, mas toma sua distância: jogo é o segundo nome da América.
(INÁCIO ARAUJO)



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