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TEATRO
TBC de Ziembinski e Cacilda chega aos 50
da Reportagem Local
No dia 11 de outubro de 1948,
Mme. Henriette Morineau subiu
ao palco e interpretou no original
francês o monólogo "La Voix Humaine", de Jean Cocteau.
Na mesma noite, em seguida, Cacilda Becker e o elenco do Grupo
de Teatro do Estudante, de Alfredo
Mesquita, apresentaram "A Mulher do Próximo", de Abílio Pereira de Almeida.
"Ninguém poderá imaginar a euforia, o entusiasmo, a emoção dessa grande vitória", escreveu depois
Alfredo Mesquita. "São Paulo tinha enfim uma sala de espetáculos
onde poderia continuar a lutar pela criação de um teatro nacional de
alto nível cultural e artístico. Que
triunfo!"
Foi o nascimento do Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, a resposta paulista aos Comediantes e demais companhias amadoras do
Rio -que haviam marcado o surgimento, uma década antes, do
"teatro brasileiro moderno".
O TBC chega aos 50 amanhã, distante das glórias da companhia
que entre 1948 e 64 lançou ou estabeleceu uma geração de atrizes, de
Cacilda Becker a Tônia Carrero,
Maria Della Costa, Nydia Lícia,
Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, e de atores, de Sérgio Cardoso a Walmor Chagas, Paulo Autran, Jardel Filho, Raul Cortez.
Também diretores: Ziembinski,
Adolfo Celi, Luciano Salce, Flávio
Rangel, Antunes Filho.
Foram todos reunidos e mantidos, na maior parte do tempo, pelo
italiano Franco Zampari, diretor
das Indústrias Matarazzo.
Mantido há oito anos pela Secretaria Municipal de Cultura, o TBC
programou comemorações que incluem, hoje, às 20h, um show da
cantora Vânia Bastos, e amanhã, às
19h, a apresentação da peça "Trinta e Três", encenada pela Escola de
Arte Dramática.
(NS)
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