São Paulo, sábado, 10 de outubro de 1998

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TEATRO
TBC de Ziembinski e Cacilda chega aos 50

da Reportagem Local

No dia 11 de outubro de 1948, Mme. Henriette Morineau subiu ao palco e interpretou no original francês o monólogo "La Voix Humaine", de Jean Cocteau.
Na mesma noite, em seguida, Cacilda Becker e o elenco do Grupo de Teatro do Estudante, de Alfredo Mesquita, apresentaram "A Mulher do Próximo", de Abílio Pereira de Almeida.
"Ninguém poderá imaginar a euforia, o entusiasmo, a emoção dessa grande vitória", escreveu depois Alfredo Mesquita. "São Paulo tinha enfim uma sala de espetáculos onde poderia continuar a lutar pela criação de um teatro nacional de alto nível cultural e artístico. Que triunfo!"
Foi o nascimento do Teatro Brasileiro de Comédia, TBC, a resposta paulista aos Comediantes e demais companhias amadoras do Rio -que haviam marcado o surgimento, uma década antes, do "teatro brasileiro moderno".
O TBC chega aos 50 amanhã, distante das glórias da companhia que entre 1948 e 64 lançou ou estabeleceu uma geração de atrizes, de Cacilda Becker a Tônia Carrero, Maria Della Costa, Nydia Lícia, Fernanda Montenegro, Cleyde Yáconis, e de atores, de Sérgio Cardoso a Walmor Chagas, Paulo Autran, Jardel Filho, Raul Cortez. Também diretores: Ziembinski, Adolfo Celi, Luciano Salce, Flávio Rangel, Antunes Filho.
Foram todos reunidos e mantidos, na maior parte do tempo, pelo italiano Franco Zampari, diretor das Indústrias Matarazzo.
Mantido há oito anos pela Secretaria Municipal de Cultura, o TBC programou comemorações que incluem, hoje, às 20h, um show da cantora Vânia Bastos, e amanhã, às 19h, a apresentação da peça "Trinta e Três", encenada pela Escola de Arte Dramática. (NS)



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