São Paulo, Sexta-feira, 10 de Dezembro de 1999


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ANÁLISE
Segredo é comer bem

Colunista da Folha


Desde que o primeiro homem pré-histórico topou dar um naco de sua caça -um búfalo, por exemplo- a uma fêmea, arrancando-lhe, em troca, alguns favores sexuais, devem ter nascido os curiosos que não cansam de "descobrir" e "classificar" alimentos afrodisíacos.
É fácil encontrar nas crendices populares (e na literatura) centenas de referências a ingredientes e pratos afrodisíacos. Nenhum deles o é, ao menos não com o efeito instantâneo que se promete (é lógico que uma alimentação sadia sempre será benéfica).
É mais fácil e correto pensar nos antiafrodisíacos: os pratos pesados, as refeições pantagruélicas e o excesso de álcool atrapalham o desempenho de qualquer outro prazer, que não o da preguiça. O que seria então estimulante?
Pratos mais leves, obviamente, cuja digestão não entorpeça os amantes; e o álcool necessário para abrir o espírito, elevar o humor e agitar a circulação.
A única certeza, finalmente, é que uma refeição inteligente pode ser extremamente estimulante para o amor -sendo o clima mais decisivo que os pratos. O parceiro certo, no lugar certo, com as palavras certas, pode potencializar o prazer da mesa e prolongá-lo cama afora -mesmo que o acepipe servido tenha sido uma lauta feijoada. (JM)


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