DA REPORTAGEM LOCAL

Se a exploração de "lendas históricas" é mesmo-comercialmente- muito jovem, ao menos um setor da indústria cultural, o da música, tem sabido usá-las de maneira madura, mesmo sendo elas recentes demais para serem lendárias e não terem ainda passado pela prova da história.
A gravadora Interscope Records acaba de lançar o álbum "Better Dayz", do rapper norte-americano Tupac Shakur. Ele está morto desde de 1996, mas isso parece não fazer muita diferença. "Better Dayz" é o 16º trabalho de Shakur lançado desde seu desaparecimento. Enquanto estava vivo, gravou apenas quatro álbuns.
Entre junho do último ano e de 2002, Shakur vendeu 2,7 milhões de CDs, com rendimento estimado em US$ 7 milhões. A cifra não inclui os ganhos com artigos que levam sua marca, mas o colocou em décimo lugar na lista de celebridades mortas mais lucrativas elaborada pela revista "Forbes".
Na relação, seis personalidades pertencem ao domínio da música popular -as exceções são o quadrinista Charles Schulz, o corredor Dale Earnhardt e os escritores J.R.R. Tolkien (de "O Senhos dos Anéis) e Theodor "Dr. Seuss" Geisel. Este, autor de livros infantis. Elvis é o grande vencedor.
Para poder compor o "ranking" é necessário que os ganhos atinjam, no mínimo, US$ 3 milhões. A média deste ano chegou aos US$ 15 milhões, de um total de 13 espólios analisados. (MR)


Texto Anterior: Ganhando a vida após a morte
Próximo Texto: Mônica Bergamo
Índice