São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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Crítica

Filme de Yimou é usado para fins que não o seu

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

São praticamente infinitos os usos do cinema. Um departamento de vendas, ou de psicologia de vendas, ou de auto-ajuda de vendas anuncia palestra em que a estrela é "Nenhum a Menos" (Cinemax, 22h15; não recomendado a menores de 12 anos).
Sabe-se, o filme de Zhang Yimou não tem muito nada a ver com o assunto. Ele trata de uma professorinha numa aldeia chinesa empenhada em reunir todos os seus alunos e não permitir que nenhum se perca.
Existe aí, é claro, um exemplo de esforço e determinação -o que se pede mais do que tudo de jogadores de futebol e representantes de venda, embora a palavra-chave, competitividade, domine todos os setores da vida econômica.
Ora, o interessante no caso é que "Nenhum a Menos" também não tem a ver com competição. É a professora e ela mesma. Ela e sua responsabilidade pessoal e social. Não é um grande filme, longe disso. Mas usar um filme chinês para esse fim é, ao menos, uma vitória sobre velhos preconceitos.


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