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Filme trata de ciúme e obsessão
LÚCIO RIBEIRO
Editor-assistente da Ilustrada
Ciúme e obsessão sexual. Isso é
tudo o que se sabe de "Eyes Wide
Shut" (Olhos Tampados), filme
que promoverá a volta de Stanley
Kubrick às câmeras depois de nove
anos de reclusão.
O filme, que
além de Nicole
Kidman e seu marido Tom Cruise
traz no elenco
Jennifer Jason
Leigh, Harvey
Keitel e Robin
Wright, tem estado envolto por
mistério desde a
divulgação de sua
realização.
Kubrick vem fazendo o que pode
para rodar o filme
na surdina, escondido do público e
da imprensa, em Londres.
Sabe-se que a história se passa
em Nova York. E que Cruise e Kidman fazem um casal de psicólogos
que se envolvem em tórrido caso
de amor com clientes também casados (Keitel e Jason Leigh). E só.
"Stanley não gosta de muita divulgação antes que seus filmes estejam prontos. A única coisa que
tenho para adiantar é que vai ter a
marca de Stanley Kubrick. E só isso já faz valer a espera", disse à Folha, em entrevista no ano passado,
de Los Angeles, o produtor Julian
Senior, da Warner, que planeja um
barulhento lançamento.
Desde que dirigiu "Nascido para
Matar" (87),
Kubrick vivia
isolado do
mundo em
uma mansão
em St. Albans
(30 km de Londres), sem conceder entrevistas e sem aparecer em público.
Paralelamente a "Eyes Wide Shut", Kubrick prepara a
superficção
científica "A.I.
- Artificial Intelligence", que já estaria toda planejada, só esperando
o começo das filmagens.
A história se passa no futuro, na
cidade de Nova Jersey, submersa,
dominada por robôs e protegida
do gelo e das águas por uma estufa
gigante. Os habitantes tentam contato com a vizinha Nova York, sem
saber que a megalópole foi varrida
por uma hecatombe nuclear.
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