São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2000


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MÔNICA BERGAMO

Ed Viggiani/Folha Imagem
A escultora Anita Kaufmann se inspira nas flores de Vic Meirelles no desfile de Nidia Duek - o primeiro sem o ex, Tufi


Respostas à banca

E m jantar com 15 banqueiros anteontem em Brasília, Jorge Bornhausen garantiu: o PFL vai ter mesmo candidato à Presidência. Embora as pesquisas apontem Roseana Sarney como queridinha do povo, ACM tem a primazia: se quiser ser candidato, será.

O presidente do PFL alertou os banqueiros de que a reforma tributária pode não sair tão rápido quanto eles querem. Ressaltou a importância da reforma política - e falou mal do BNDES.

Para ele, o banco não deve financiar a compra de empresas que já existem. Fica gastando dinheiro e não cria um único emprego.

CANDIDATO DE CIMA
Tasso Jereissati é o candidato da elite à Presidência da República. Numa pesquisa com 130 formadores de opinião, com notas de 0 a 5, ganhou a maior média- 3,6. Itamar Franco ficou em último lugar. A pesquisa é da GT Marketing e Comunicação.

No conceito de autoridade, ACM tem a maior nota - 4,33. Em compensação, quando se fala em equilíbrio, fica em penúltimo, com 2,17 - só Itamar ganha dele. Os dois também são considerados os mais radicais, desbancando Lula da pole.

Mário Covas é tido como o mais experiente, e Michel Temer, o mais confiável. Garotinho, o que tem maior proximidade com o povo - ao contrário de Serra, considerado um candidato distante das "massas".

LINHA DURA
O presidente do Banco do Brasil, Paolo Zaghen, está em guerra com os sindicalistas. Baixou uma regra acabando com a licença remunerada, que permite aos licenciados ganhar salário para dirigir as entidades de classe. Mandou todo o mundo voltar a trabalhar.

Os 79 sindicalistas conseguiram uma liminar anteontem suspendendo a ordem. E prometem botar fogo no circo.

VERNIZ
Lúcia Flecha de Lima pode respirar aliviada - o sobrenome da família vai ficar restrito ao circuito poder-Itamaraty. Sua ex-nora, a cantora Marina, promete uma rentrée no meio artístico como "de la Riva", seu nome de solteira, de origem cubana, para combinar com seu estilo musical, latino.
Lúcia não andava feliz vendo o nome da família em comerciais de cosméticos.

Cheia de planos, Marina 2000 só está presa ao passado na discussão de uma polpuda pensão a ser paga pelo ex-marido, João Pedro.

ACRÍLICO
Depois de apenas quatro edições, foi fechada a revista de moda "MorumbiFashion", financiada pelo MorumbiShopping.
A publicação era distribuída gratuitamente a uma lista de clientes, mas também tinha parte de sua tiragem vendida em banca. Criada como um espaço para a divulgação das grifes, ela não estava agradando aos lojistas.

VITAMINA C
Há duas semanas de cama, com uma gripe fortíssima, Christiane Torloni teve de dar um tempo nos ensaios da peça "Joana Dark - A Re-Volta", que estréia em março no teatro da Faap.
Mas a folga durou pouco: o diretor da peça, José Possi Neto, se mandou para o Rio, onde Christiane mora. Acampou em sua casa de gaiola e tudo - o lugar onde ela fica o tempo inteiro em cena.

BOLA FORA
Assediado por 150 jornalistas do mundo inteiro, Ronaldinho sentiu falta da imprensa brasileira - que não aguenta mais suas badalações - na cerimônia de condecoração como Embaixador da ONU contra a Fome no Mundo, semana passada, em Genebra. Ele foi o primeiro sul-americano a receber o título.

MODERNETTE
A rainha do axé, Daniela Mercury, vai comandar um trio elétrico tecno. Pela primeira vez vai unir o melhor do ritmo baiano e o bate-estaca - com DJ e tudo.

MANIAS
A banda americana Foo Fighters, que toca em São Paulo no dia 24, fez várias exigências aos organizadores do show. Num bilhete enviado ao Credicard Hall, os produtores afirmaram que os integrantes da banda "são como garotos", e que bombons e chocolates não podem faltar nos camarins.
Pediu também quatro pares de meias brancas, médias, de algodão, para cada um dos músicos. É que eles não gostam de lavá-las - usam uma vez e jogam fora.

CURTO-CIRCUITO

Enrique Iglesias, filho de Julio, vem ao Brasil em março para gravar uma música em parceria com Sandy. Os maestros John Neschling e Roberto Minczuck comandam dias 20 e 27 os concertos de abertura da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), na Sala São Paulo.

Gustavo Rosa, Aldemir Martins, Claudio Tozzi, Adriana Garibaldi e Henry Vitor abrem terça-feira (15) a coletiva "Cinco Artistas", na galeria Ponto das Artes.

O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, aterrissa em São Paulo quarta-feira, 16, para dar a aula magna da Faculdade de Comunicação da Faap.

O Karnak mostra seu novo show, "7 Homens, 7 Clips, 7 Anos e Um Destino", de sexta a domingo no Centro Cultural São Paulo. Marco Nanini reestréia dia 17 a peça "Uma Noite na Lua", no teatro Sérgio Cardoso.

Obras de Roberto Burle Marx, Cícero Dias e Bonadei, entre outros, estão no leilão beneficente que o Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo promove sábado, no Riviera Market Plaza, na Riviera de São Lourenço.

Prometendo ser o espaço dos beatlemaníacos, é inaugurado hoje o Magical Pub, na Faria Lima -no mesmo espaço onde ficava o Hemingway.

A VJ Chris Nicklas apresenta dia 22 a festa de premiação do 1º Festival de Música MP3, no Popular Rockin" Bar & Rolling Restaurant.

BATE-PAPO
"Guilherme foi imaturo"

De férias da televisão, o ator Paulo Betti se prepara para produzir e dirigir seu primeiro filme: "Cafundó", sobre João de Camargo, um líder religioso negro que viveu em Sorocaba. Num bate-papo com a coluna, ele fala também sobre as denúncias de mau uso dos financiamentos dados a "Chatô", filme no qual interpreta o ex-presidente Getúlio Vargas.

Folha - Em que fase está "Cafundó"?
Paulo Betti
- Já está aprovado pela lei do audiovisual. Estou visitando empresas como Bradesco, Banco Real, Telefônica, e também outras que tenham alguma coisa a ver com Sorocaba, onde acontece a história. O orçamento é de R$ 6,9 milhões.
Folha - Com toda a confusão que envolve "O Guarani" e "Chatô", como está a captação de recursos ?
Betti
- Está um pouco complicada. No caso de "Cafundó", talvez não atrapalhe tanto porque é um filme que está ligado a uma região, e muita gente de lá quer que ele saia.
Folha - Você está no elenco de Chatô. Qual é o problema do filme ?
Betti
- O erro fundamental do Guilherme Fontes (diretor) foi não reverenciar o velho produtor. O Luiz Carlos Barreto fez mais de 60 filmes. Sem a bênção do Barretão, ele caiu numa cilada. Guilherme foi imaturo. Coisa de gente jovem.
Folha - O que falta para o filme ser concluído ?
Betti
- Faltam poucas cenas. Ele me ligou dizendo que está batalhando por mais dinheiro.
Folha - Mais dinheiro?!
Betti
- É impossível prever os custos de produção um filme. Não sei por que estão fazendo tanto barulho em cima de Chatô. Há outros filmes parados. "Apocalipse Now", de Copolla, acabou consumindo muito mais grana do que o previsto.

E-mail: bergamo@folhasp.com.br
Com colaboração de ELIANE TRINDADE, LUCIANA COSTA e THIAGO STIVALETTI


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