São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

NAS LOJAS

SAMBA
LAMARTINÍADAS    
VÁRIOS

O equilíbrio no repertório entre sucessos atemporais como "Hino do Carnaval Brasileiro" e "Cantores do Rádio" e músicas não tão conhecidas como "Já Tirei o Meu Chapéu" e "Diga" é um dos méritos deste CD, derivado de um show feito em 2004 em homenagem aos cem anos de Lamartine Babo. Os jovens Alfredo Del-Penho, Pedro Miranda e Pedro Paulo Malta interpretam muito bem os geniais sambas e marchas do compositor. Destoa o samba-canção sertanejo "No Rancho Fundo", na voz inadequada de Miranda. Simplório, o encarte vem sem as letras, disponíveis só em faixa interativa (CD-ROM). POR QUE OUVIR: Não há tristeza que sobreviva ao humor e à malícia de canções como "Minha Cabrocha", "Parei Contigo" e "Infelizmente". (LUIZ FERNANDO VIANNA)

GRAVADORA: Deckdisc. QUANTO: R$ 28, em média.

Rock
YOU ARE THE QUARRY (edição especial)     
MORRISSEY

Além do CD original, esta edição especial traz um disco com nove B-sides e material para ser visto no computador -videoclipe de "Irish Blood, English Heart", três apresentações no programa "The Late Late Show with Craig Kilborn" e fotos. Mesmo que não supere o material original, essas músicas -a maioria baladas, atual preferência do cantor- seguem a tradição de títulos e letras amargas/irônicas, como "My Life Is a Succession of People Saying Goodbye" (minha vida é uma seqüência de pessoas dizendo adeus) ou "I Am Two People", dos versos "Sou duas pessoas/ uma, você conhece e não gosta/a outra, você não conhece e não quer conhecer".

POR QUE OUVIR: "You Are the Quarry" é o melhor disco de Morrissey em anos. (BRUNO YUTAKA SAITO)

GRAVADORA: BMG. QUANTO: R$ 35, em média.

Rock
OUT OF NOTHING  
EMBRACE

O Embrace é daquelas bandas "mais ou menos": não faz arrancar os cabelos e também não motiva a ir correndo à loja comprar o CD. Apareceu na época do britpop e sempre foi ofuscada por bandas mais competentes, como Oasis e Verve. "Ashes" abre o disco de forma surpreendente. É uma balada nada conformista, nada chorosa, sobre um cara que dá a volta por cima. Mas o resto do disco dá uma perspectiva otimista em relação ao que conhecemos por "tédio".
POR QUE OUVIR: Apenas por "Ashes". Ou, por curiosidade, "Gravity", que tem letra de Chris Martin, do Coldplay.
(THIAGO NEY)

GRAVADORA: Sony. QUANTO: R$ 35, em média.

DVD

Jazz
LIVE AT MONTREUX     
CHARLES MINGUS

As contribuições de Charles Mingus ao jazz não ficaram restritas ao seu relacionamento com o contrabaixo. O americano (1922-79) foi um compositor de primeira e soube aglutinar conjuntos excelentes, às vezes com músicos "inventados" por ele. Essas duas qualidades ficam claras neste grande (curto) show, gravado em Montreux, em 75. Ótimos temas seus, como "Sue's Changes", são bem defendidos por instrumentistas como o elétrico George Adams (tenor) e o analítico Don Pullen (piano). Mingus, mais discreto, manda bem, claro.

POR QUE ASSISTIR: Porque o jazz do grupo é tão bom que dá gana de repetir o nome de um clássico de Mingus: "Oh Yeah". (CASSIANO ELEK MACHADO)

GRAVADORA: ST2. QUANTO: R$ 49, em média.

Texto Anterior: CDs - Pop: Tetine embarca na onda do funk carioca
Próximo Texto: CDs - MPB: "Braseiro" apresenta a voz e o gosto apurado de Roberta Sá
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.