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Produtor sueco toca no D-Edge
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Difícil encontrar produtor mais
prolífico e elástico do que Jesper
Dahlbäck. O sueco assina alguns
dos mais tocados hits nas pistas
do mundo e transita sem qualquer derrapagem entre a deep
house e um tecno funkeado.
Pela primeira vez no Brasil,
Dahlbäck, 30, toca hoje na noite
Freak Chic, no D-Edge.
O poderio de produção do sueco pode ser medido por "Murder
Was the Bass". A faixa, produzida
por Dahlbäck e Thomas Krome
sob a alcunha DK8, foi -e ainda
é- tocada por nove entre dez DJs
de tecno há mais de dois anos. No
final do ano passado, a música ganhou novo fôlego ao ser remixada
por Chris Liebing e pela dupla
Chirstian Smith/John Selway.
"Não sei se o público está cansado dessa música. Mas o engraçado é que esses remixes que eles fizeram foram em cima de uma
versão já remixada. Então é o remix do remix", brinca Dahlbäck.
Mas o sueco não é um "one hit
wonder". Dahlbäck também assina o elogiado EP "Stay with the
Machine" (com Stephan Grieder), além de "Real Jazz".
Em 2004, sob o nome Lenk,
Dahlbäck entrou no estúdio com
Adam Beyer e com o canadense
Tiga. Saíram com duas faixas:
"Ananda" e "Heartbreak", já presenças constantes nas pistas.
"Tiga é um grande amigo, sempre nos divertimos juntos. Os vocais vieram depois de uma discussão que tivemos. Pedimos pizza e
ficamos conversando sobre o futuro do mundo. E o Tiga se baseou nessa discussão para fazer os
vocais", lembra. "Não dá para rotular essas faixas. Digo que têm
atitude. Há tantos subgêneros
atualmente... Mas acho que o melhor jeito de descrever minhas
produções é "classic sound"."
A experiência de usar vocais estimulou Dahlbäck. "As pessoas
estão acostumadas a ouvir uma
canção com vocais. Mas tradicionalmente a dance music é instrumental. Isso é o que faz essa cena
tão especial."
DJ e produtor há pouco mais de
dez anos, Dahlbäck começou no
universo eletrônico após se encontrar com Adam Beyer num
trem, indo para a Love Parade de
Berlim. Retornaram a Estocolmo
e criaram o Globe Studios, onde
produzem tecno e house.
"Nunca estudei música. Não
achava que iria fazer isso por tanto tempo. Na minha família há alguns músicos. Meu primo [John
Dahlbäck] é produtor também",
diz. "Comecei ouvindo hip hop,
no final dos anos 80. Só comecei
seriamente a produzir em 1993."
Autor de um disco de estúdio,
"Stockholm", ele prepara um álbum com Mark O'Sullivan, sob o
projeto DK7. "Deve sair daqui a
uns quatro meses, pelo selo Output. Mas apenas metade das músicas são para as pistas."
Sobre a cena sueca, que tem nomes de peso como Adam Beyer,
Cari Lekebusch e Samuel L. Session, Dahlbäck diz que é um ambiente produtivo.
"Ultimamente parece que o tecno é uma especialidade sueca...
Somos amigos. Há uma espécie
de competição amistosa para ver
quem produz melhores faixas.
Trocamos idéias, falamos sobre
novas tecnologias."
Lov.e
Se a eletrônica sueca dás as cartas no D-Edge, o Lov.e será casa
de electro e tecno hoje.
O francês Kraft, residente do
clube Rex, de Paris, é o convidado
internacional da noite Technova.
Ao lado dele, tocam os brasileiros
Maurício Lopes, escalado para o
Skol Beats, Oscar Bueno e Magal.
Freak Chic
Com: Jesper Dahlbäck, Renato Ratier, Marcos Morcerf
Onde: D-Edge (al. Olga, 170, tel. 0/xx/
11/3667-8334)
Quando: hoje, a partir das 24h
Quanto: de R$ 20 a R$ 30
Technova
Com: Kraft, Oscar Bueno, Maurício
Lopes, Magal
Onde: Lov.e (r. Pequetita, 189, tel. 0/xx/
11/3044-1613)
Quando: hoje, a partir das 24h
Quanto: de R$ 20 a R$ 35
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