São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2008

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crítica

Feliz da vida, cantor ganha a platéia

SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL

Parecendo inseguro, Julio Iglesias abriu, com "Quijote", seu show em São Paulo na noite de anteontem. Para uma platéia que demorou a encher o local, o espanhol esticava o microfone e, de olhos fechados, esperava um coro que custou a responder. Mesmo alguns de seus hits planetários, como "Hey" e "Me Esqueci de Viver", tiveram recepção um pouco fria.
Mas, quase duas horas depois, a história já era outra. Um Julio feliz da vida ganhou a animação da sala. E, quando encerrou o concerto, com "Mal Acostumbrado", boa parte do público estava dançando. Em entrevista à Folha, Julio havia dito que temia não ser mais tão famoso na América Latina e que fazer um bom show em SP era o que mais o alegraria.
Seu desejo se cumpriu e, mesmo com dificuldades com o português, Julio ganhou a platéia, especialmente ao falar de Roberto Carlos e de seu encanto pela palavra "saudade".
Os pontos altos ocorreram quando saiu de seu repertório e cantou tangos, evocou Elvis Presley e Caruso. Sinal de que, hoje, ele é mais reconhecido como ícone mundial acima de qualquer repertório do que como um cantor de sucesso convencional, cujas músicas e letras as pessoas realmente conheçam.

Avaliação: bom


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