|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
crítica
Feliz da vida, cantor ganha a platéia
SYLVIA COLOMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Parecendo inseguro,
Julio Iglesias
abriu, com "Quijote", seu show em São Paulo na noite de anteontem.
Para uma platéia que demorou a encher o local, o
espanhol esticava o microfone e, de olhos fechados,
esperava um coro que custou a responder. Mesmo
alguns de seus hits planetários, como "Hey" e "Me
Esqueci de Viver", tiveram
recepção um pouco fria.
Mas, quase duas horas
depois, a história já era outra. Um Julio feliz da vida
ganhou a animação da sala. E, quando encerrou o
concerto, com "Mal Acostumbrado", boa parte do
público estava dançando.
Em entrevista à Folha,
Julio havia dito que temia
não ser mais tão famoso
na América Latina e que
fazer um bom show em SP
era o que mais o alegraria.
Seu desejo se cumpriu e,
mesmo com dificuldades
com o português, Julio ganhou a platéia, especialmente ao falar de Roberto
Carlos e de seu encanto
pela palavra "saudade".
Os pontos altos ocorreram quando saiu de seu
repertório e cantou tangos, evocou Elvis Presley e
Caruso. Sinal de que, hoje,
ele é mais reconhecido como ícone mundial acima
de qualquer repertório do
que como um cantor de
sucesso convencional, cujas músicas e letras as pessoas realmente conheçam.
Avaliação: bom
Texto Anterior: Iglesias provoca comoção em SP Próximo Texto: Com repertório pop, Jane Birkin faz três apresentações no Brasil Índice
|