São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2000


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Pesquisa Datafolha mostra que público escolhe documento e peça indígena como melhores obras
Para 71% dos entrevistados, obras deveria permanecer no Brasil
Carta de Caminha e manto são preferidos no Redescobrimento

Flávio Florido/Folha Imagem
Carta de Caminha, a melhor obra da mostra para 9% do público


LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas relíquias históricas produzidas no Brasil, mantidas no exterior e que foram trazidas apenas para exibição na Mostra do Redescobrimento, em São Paulo, são as peças favoritas do público.
O manto tupinambá, feito no século 17 e em poder da Dinamarca, e a carta de Pero Vaz de Caminha, posse do governo português, foram os destaques da pesquisa feita pelo Datafolha, entre 28 de abril e 1º de maio, com 393 visitantes da mostra, que está em três pavilhões do parque Ibirapuera.
Além de revelar a preferência pelas peças, a grande maioria dos entrevistados (71%) afirmou que tanto o manto quanto a carta deveriam permanecer no Brasil.
Indagados sobre "qual a melhor obra exposta na mostra", 9% disseram preferir a carta de Caminha e 6% referiram-se ao manto tupinambá. Também foram citados o conjunto de arte barroca (5%), o cocar do módulo "Arte Indígena" (4%), as flores do cenário criado por Bia Lessa para as obras barrocas (3%), as obras de estrangeiros em "O Olhar Distante" (2%) e a carta da Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, que libertou os escravos do Brasil (1%).
Mas 13% dos entrevistados revelaram não saber apontar uma peça como a preferida. E os demais visitantes ouvidos optaram, de forma pulverizada, por diversas outras obras ou módulos.

Avaliação positiva
Na avaliação geral, a Mostra do Redescobrimento foi julgada positivamente por 92% dos visitantes, que classificaram o evento de "bom" ou "ótimo". "Regular" foi a avaliação de 7% dos entrevistados, e apenas 1% considerou a mostra "ruim" ou "péssima".
Da mesma forma, a grande maioria (85%) considerou "boa" ou "ótima" a organização da exposição, enquanto 11% disseram que ela é apenas "regular" e 4%, "ruim" ou "péssima".
Os principais problemas apontados pelos visitantes dizem respeito à infra-estrutura nos locais de exposição (40%) e à falta de placas informativas ou de legendas nas obras (36%).
As deficiências de infra-estrutura relatadas foram: falta de placas de sinalização indicando os locais das obras, guias mal-informados, obras mal-iluminadas, pavilhões distantes uns dos outros e falta de folhetos explicativos nas bilheterias, entre outros.
Quanto às principais qualidades da mostra, as opiniões se dividiram prioritariamente desta maneira: 27% referiram-se à variedade de estilos, épocas e temas abrangidos; 25% indicaram a disposição das obras e a divisão da mostra em blocos temáticos e 16% ressaltaram o resgate da história do Brasil ou a possibilidade de contato com a mesma.



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