São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2000


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REDESCOBRIMENTO
Pesquisa ainda indicou preferência pelo módulo de arte barroca (para 29%), arte indígena (17%) e arqueologia (10%)
Arte e história atraíram visitante da mostra

LUIZ CAVERSAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A pesquisa do Datafolha feita com visitantes da Mostra do Redescobrimento revela que foi bem-sucedida a iniciativa dos organizadores de tentar oferecer um amplo panorama artístico e histórico do país.
Nada menos que 64% dos entrevistados afirmaram que compareceram ao evento do Ibirapuera justamente para conhecer a história e a arte do Brasil.
As pessoas interessadas no didatismo da mostra detalharam o interesse. Pela ordem, informaram que buscavam conhecer a história do Brasil por intermédio da arte, que queriam conhecer ou ter mais informações sobre a arte brasileira, que gostariam de resgatar valores e conceitos sociais brasileiros e que queriam saber mais da cultura indígena.
Porém, 27% dos visitantes ouvidos pelo Datafolha disseram que ali estavam apenas para ver as obras de arte expostas.
Se a instalação de cenários para ambientar obras expostas na mostra foi motivo de polêmica entre especialistas antes mesmo da abertura, a iniciativa não incomodou o público. Ao contrário.
Críticos e estudiosos de arte ouvidos no mês passado pela Folha alegaram que os cenários iriam atrapalhar o espectador e interferir na compreensão das obras. Mas 85% dos visitantes ouvidos disseram que os cenários "não ofuscaram as obras de arte". Só 15% discordaram da instalação.
Quanto aos módulos criados para a exposição, o que atraiu mais a atenção dos visitantes foi o dedicado à arte barroca (29%), seguido por arte indígena (17%), arqueologia (10%) e o dos artistas estrangeiros (7%).
Indagados sobre eventuais ausências na exposição, 60% disseram não faltar nenhuma obra, enquanto 40% afirmaram que ficaram de fora trabalhos de Portinari, Di Cavalcanti e de Tarsila do Amaral.
Quanto ao valor que a organização do evento disse ter gasto para montá-lo (cerca de R$ 40 milhões), 46% disseram considerar a quantia adequada, 36% a acharam alta, 4%, baixa e 15% não souberam responder.
Dos 393 entrevistados na enquete do Datafolha, 55% eram mulheres, 42% tinham entre 25 e 40 anos, 37% tinham mais de 41 anos, a maioria tinha curso superior (43% com superior completo e 26% com pós-graduação) e 67% afirmaram ter renda familiar superior a R$ 2.721.


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