São Paulo, quinta-feira, 11 de maio de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARTES PLÁSTICAS
Museu britânico, resultado da separação do acervo da Tate Gallery, exibirá arte moderna e contemporânea
Tate Modern quer se comparar ao MoMA

RICARDO GRINBAUM
DE LONDRES

Quando a rainha da Inglaterra entrar, hoje de manhã, no gigantesco prédio às margens do rio Tâmisa, estará inaugurando mais do que um novo museu.
A Tate Modern é o grande projeto cultural do Reino Unido em muitos anos. Sua pretensão é rivalizar com o MoMA, de NY, e o Centro Georges Pompidou, em Paris, como o maior e mais importante museu de arte moderna e contemporânea do mundo.
Não é à toa que os súditos da arte moderna no Reino Unido estão eufóricos. A inauguração da Tate Modern é um evento planejado para marcar época. De manhã, a abertura oficial da galeria será transmitida ao vivo pela televisão britânica.
À noite, uma festa deverá reunir artistas como Madonna, Mick Jagger, David Bowie, Johnny Depp e Elton John.
O primeiro-ministro Tony Blair também deverá estar lá para celebrar o que os jornais britânicos estão chamando a nova catedral do "cool", ou seja, do que é bom, legal e moderno. Para Blair, a nova Tate Modern é uma peça importante na sua estratégia de apresentar o Reino Unido como centro de vanguarda mundial.

Separação de acervos
A Tate Modern está surgindo como resultado da separação de acervos da tradicional Tate Gallery. Até recentemente, a galeria tinha duas seções: uma dedicada a artistas britânicos e outra a obras do século 20. Como havia pouco espaço, só 15% deste último acervo podia ser exibido.
Com a separação dos acervos, as coleções dos artistas do Reino Unido, do século 16 em diante, ficaram na velha galeria, agora renomeada Tate Britain. As obras modernas foram para a Tate Modern, instalada numa antiga usina elétrica, numa área que está sendo renovada, às margens do Tâmisa.
Foram gastos cerca de R$ 400 milhões na adaptação do velho prédio, com uma bela vista para a catedral Saint Paul, na margem oposta do rio. O projeto, dos arquitetos suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, preservou a fachada e as turbinas da usina e criou um ambiente limpo, de grandes espaços vazios.


Texto Anterior: Folha promove evento com Milton Santos
Próximo Texto: Museu não segue linha do tempo
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.