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São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 2003

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OUTRA FREQUÊNCIA

A nova revista da 89 e o mercado das FMs nas bancas

LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Novidade para o crescente mercado de revistas de FMs: a 89, uma das líderes de audiência na Grande São Paulo, lança nesta semana sua nova publicação.
Num momento em que os anúncios e as verbas aplicadas por gravadoras nas FMs estão minguando, a revista desempenha papéis importantes: conquistar novos ouvintes, fidelizar os velhos e ser uma nova fonte de receita.
A 89 volta a essa investida após quase dois anos afastada das bancas. Desta vez, com uma nova estratégia: a "Revista Rock", mensal, virá sem CD encartado, ao contrário do que ocorre com a maioria das publicações do gênero. Com isso, o preço será mais baixo (R$ 4,90), e a FM buscará valorizar a revista como veículo de comunicação com seu público.
O alvo, diferentemente da antiga "89 Revista Rock", é mais teen. Apesar de ter sua edição terceirizada (a cargo da editora Sisal), a revista é produzida no mesmo prédio da rádio. "A linguagem tem de estar em sintonia com a da 89. A idéia é que o leitor "ouça a revista com os olhos'", diz Roberto Pierantoni, diretor de redação.
A tiragem inicial será de 40 mil. É um número bem inferior ao da estréia anterior, em 1998, que, com o CD encartado, chegou a vender mais de 100 mil exemplares. "Mas, na fase final, a revista chegava a vender uns 20 mil mesmo com o CD", diz Pierantoni.
Outra publicação relativamente nova no mercado, a bimestral "Revista Jovem Pan" (lançada em dezembro de 2002) vem com CD e imprime 70 mil exemplares.
O público-alvo é o mesmo da 89 e a linha editorial também busca aproximação com a da emissora. "A cada edição, tenho uma reunião com o Tutinha [Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho, dono da Pan] e também escuto a rádio para buscar subsídios para as reportagens", afirma o diretor de redação, Ricardo Lombardi.
As concorrentes da 89 e da Pan nas bancas são as publicações da Kiss FM e da Transamérica. Isso sem contar a da MTV e a batelada de revistas teens que investem em matérias sobre música.
 
A Radiobrás, empresa de comunicação do governo, fechará hoje, no Rio, um acordo de parceria com a BBC de Londres.
A rede inglesa produzirá boletins e programas exclusivos para os veículos da estatal -quatro estações de rádio (entre elas, a Nacional do Rio), duas de TV e um site. O conteúdo, forte em política internacional, também poderá ser retransmitido pelas 200 emissoras afiliadas à Radiobrás.
A BBC não receberá dinheiro. Topou o acordo para valorizar sua marca no país.

laura@folhasp.com.br


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