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OUTRA FREQUÊNCIA
A nova revista da 89 e o mercado das FMs nas bancas
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Novidade para o crescente
mercado de revistas de FMs:
a 89, uma das líderes de audiência
na Grande São Paulo, lança nesta
semana sua nova publicação.
Num momento em que os
anúncios e as verbas aplicadas por
gravadoras nas FMs estão minguando, a revista desempenha papéis importantes: conquistar novos ouvintes, fidelizar os velhos e
ser uma nova fonte de receita.
A 89 volta a essa investida após
quase dois anos afastada das bancas. Desta vez, com uma nova estratégia: a "Revista Rock", mensal, virá sem CD encartado, ao
contrário do que ocorre com a
maioria das publicações do gênero. Com isso, o preço será mais
baixo (R$ 4,90), e a FM buscará
valorizar a revista como veículo
de comunicação com seu público.
O alvo, diferentemente da antiga "89 Revista Rock", é mais teen.
Apesar de ter sua edição terceirizada (a cargo da editora Sisal), a
revista é produzida no mesmo
prédio da rádio. "A linguagem
tem de estar em sintonia com a da
89. A idéia é que o leitor "ouça a revista com os olhos'", diz Roberto
Pierantoni, diretor de redação.
A tiragem inicial será de 40 mil.
É um número bem inferior ao da
estréia anterior, em 1998, que,
com o CD encartado, chegou a
vender mais de 100 mil exemplares. "Mas, na fase final, a revista
chegava a vender uns 20 mil mesmo com o CD", diz Pierantoni.
Outra publicação relativamente
nova no mercado, a bimestral
"Revista Jovem Pan" (lançada em
dezembro de 2002) vem com CD
e imprime 70 mil exemplares.
O público-alvo é o mesmo da 89
e a linha editorial também busca
aproximação com a da emissora.
"A cada edição, tenho uma reunião com o Tutinha [Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho,
dono da Pan] e também escuto a
rádio para buscar subsídios para
as reportagens", afirma o diretor
de redação, Ricardo Lombardi.
As concorrentes da 89 e da Pan
nas bancas são as publicações da
Kiss FM e da Transamérica. Isso
sem contar a da MTV e a batelada
de revistas teens que investem em
matérias sobre música.
A Radiobrás, empresa de comunicação do governo, fechará hoje,
no Rio, um acordo de parceria
com a BBC de Londres.
A rede inglesa produzirá boletins e programas exclusivos para
os veículos da estatal -quatro estações de rádio (entre elas, a Nacional do Rio), duas de TV e um
site. O conteúdo, forte em política
internacional, também poderá ser
retransmitido pelas 200 emissoras afiliadas à Radiobrás.
A BBC não receberá dinheiro.
Topou o acordo para valorizar
sua marca no país.
laura@folhasp.com.br
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