São Paulo, Sexta-feira, 11 de Junho de 1999
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QUEM FILMOU

GLAUBER ROCHA

Diretor, jornalista, escritor e teórico, Glauber Rocha foi quem lançou as bases do cinema novo, movimento liderado, também, por Nelson Pereira dos Santos e Ruy Guerra. Sintonizado com a nouvelle vague francesa e cinemas novos de outros países, sua proposta era a de um cinema crítico, que negava a narrativa do cinema clássico e salientava os problemas sociais brasileiros

1939
Nasce Glauber de Andrade Rocha em Vitória da Conquista (BA)
1956
Colabora no curta-metragem "Um Dia na Rampa", de Luiz Paulino dos Santos
1957
No Rio, visita as filmagens de "Rio, Zona Norte", de Nelson Pereira dos Santos; filma o curta experimental "Pátio", com Helena Ignez
1960
Produz "A Grande Feira", de Roberto Pires; assume a direção -antes de Luiz Paulino dos Santos- de "Barravento", com Antônio Pitanga, seu primeiro longa-metragem
1961
"Barravento" é finalizado com a montagem de Nelson Pereira
1962
"Barravento" recebe o prêmio Opera Prima em festival na Tchecoslováquia
1963
Inicia as filmagens de "Deus e o Diabo na Terra do Sol", com Othon Bastos e Maurício do Valle, filme mais elogiado em sua carreira
1964
"Deus e o Diabo..." concorre no Festival de Cannes e ganha prêmios em festivais na Itália e no México
1965
Lança o manifesto "A Estética da Fome", em que traz as bases estética e política do cinema novo; produz o clássico "Menino de Engenho", de Walter Lima Jr.; filma o documentário "Amazonas Amazonas", seu primeiro trabalho em cores
1966
Filma o documentário "Maranhão 66"
1967
Filma "Terra em Transe", com Jardel Filho e Paulo Autran, gerando forte polêmica e obtendo prêmios em festivais como o de Locarno e de Havana
1968
Filma o curta experimental "Câncer", com Hugo Carvana, enquanto aguarda os preparativos para "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", com Maurício do Valle
1969
Concluído, exibe "O Dragão..." em Cannes, onde ganha o prêmio de melhor direção; dirige, na África, "O Leão de Sete Cabeças"
1970
Após vários convites, roda na Espanha "Cabeças Cortadas", filme que só estrearia no Brasil em 1977
1975
Filma, em Roma, "Claro", com Juliet Berto
1976
Volta ao Brasil, em 23 de junho, após tentar financiamento a seu "A Idade da Terra" na Europa, União Soviética e Estados Unidos; filma o velório e enterro do pintor Di Cavalcanti
1977
Filma "Jorjamado no Cinema"
1978
Roda "A Idade da Terra" em Salvador, Brasília e Rio de Janeiro
1979
É convidado a participar do programa televisivo "Abertura"
1980
"A Idade da Terra", com Maurício do Valle e Norma Bengell, é lançado; o diretor anuncia estar doente
1981
Vai a Portugal ver uma mostra retrospectiva de sua obra; é diagnosticada uma pericardite viral, o que faz com que, quatro meses mais tarde, seja internado num hospital em Lisboa; volta ao Rio de Janeiro, onde morre às 4h do dia 22 de agosto; seu velório e enterro são filmados por Silvio Tendler


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