São Paulo, Sexta-feira, 11 de Junho de 1999
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GASTRONOMIA
Jantar do Dia dos Namorados pede reserva

Dado Junqueira/Folha Imagem
O casal Marcelo Fasanella e Wanessa Spiess com o chef Adilson Soares, do Le Tan Tan, onde querem jantar


especial para a Folha

É inevitável. O Dia dos Namorados é sinônimo de sair para jantar. Lugares cheios, para muitos casais, pouco importa. O que vale mesmo é comemorar e comer bem.
Lugares aconchegantes e charmosos, com bons pratos, são as primeiras opções. "Sempre saio para jantar na data. Geralmente escolho um lugarzinho legal", diz a designer gráfica Wanessa Spiess, 26, que desta vez escolheu o restaurante Le Tan Tan para comemorar a data e o aniversário de um ano de namoro com o comerciante Marcelo Fasanella, 27.
Este ano, a tática dos restaurantes paulistanos para atrair casais em tempo de crise é oferecer cardápios fechados. "É atraente, pois já se sabe de antemão o quanto se vai gastar", observa Fasanella.
A investida no preço fixo dos menus partiu também de muitos restaurantes recém-inaugurados, que aproveitam a data como vitrine para o público faminto por novidades gastronômicas. "Dia dos Namorados é uma ótima oportunidade para conhecer lugares novos", diz a publicitária Cristina Campos, 31, que afirma verificar os roteiros em busca de novos lugares.
Embora datas comemorativas possam perdoar deslizes financeiros, algumas casas conseguiram fabricar cardápios mais em conta, com pratos que não apelam para fórmulas simplórias: coelho com ervas e linguiça de cordeiro e crepe de Catupiry com calda de goiabada do Petaluma, carpaccio de carambola e torteli de abóbora do Santa Vittoria, por exemplo.
Há também soluções como "preços por casal" e "pratos para dois". Com certos poréns. Com preço atrativo (R$ 24 por casal) e uma bonita produção que utiliza formatos de coração e flor no prato, o combinado especial de sushis e sashimis do Kayomix pode, entretanto, não ser suficiente para alimentar um par de clientes, a não ser que um deles esteja em dieta.
No outro extremo, ofertas como a do Mistral (cinco pratos e uma garrafa de vinho inclusa) prometem satisfazer paladares mais exigentes -e bolsos mais generosos.
Se o momento é especial, lanchonetes, pizzarias e restaurantes em hotéis estão praticamente fora do menu de opções. Mesmo que em um hotel a possibilidade de uma mesa sem atribulações seja bem maior. "Não é um dia comum, vale a pena um certo esforço para ir a um lugar mais transado", diz Cristina.
Vale reforçar conselhos básicos na luta por um lugar à mesa. 1) Fazer reserva. 2) Se a reserva não for possível, chegar às 20h ou depois da meia-noite. 3) Evitar aqueles lugarzinhos super-românticos e pequenininhos, como o Gil Café, na Vila Nova Conceição, e o novo Café Bistrot, em Moema, que já reservaram todas as mesas no meio da semana. (CRISTIANA COUTO)


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