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FEIRA
Fispal termina amanhã no Anhembi
NINA HORTA
Colunista da Folha
A Fispal (Feira Internacional de
Alimentação) termina amanhã no
Anhembi, em São Paulo, numa
área de 51.000 m2, com 2.250 expositores.
É o maior evento do mercado alimentício da América Latina, com
exposição de equipamentos, embalagens e matérias primas. No
ano passado a Fispal recebeu
180.000 profissionais do ramo e os
negócios foram da ordem de R$ 3,3
bilhões.
O setor de gastronomia, distribuição e indústrias conexas está
sendo transferido aos poucos para
um pavilhão independente, separando-se dos setores de tecnologia,
processamento e embalagem.
Nota-se a insatisfação com o pavilhão atual de exposições, e os organizadores sonham alto com um
novo espaço no ano 2000. A infra-estrutura e condições técnicas seriam dignas de uma feira de tal
porte, que lida com um dos conceitos mais importantes dos dias de
hoje, a alimentação fora do lar.
Conceito que se encaixa tanto no
setor de turismo, como no de restauração e hotelaria.
O pavilhão do segundo milênio,
desejado por tantos, seria adequado a qualquer exposição, não só à
Fispal, um patrimônio para São
Paulo, para grandes convenções,
calculado para expor a indústria de
serviços, incentivando além disso
o "business tourism", fator importante para a economia de uma cidade como São Paulo.
Para isso seria necessária a colaboração privada, do Estado e da
Prefeitura, num investimento que
só traria de volta lucros para todos
os interessados.
Já existe, na verdade, um grande
movimento em curso para a formação de mão-de-obra especializada e elevação do status do profissional de alimentação. É preciso
melhorar as estruturas do setor para que possa receber o volume da
mão-de-obra qualificada. "Vamos
nos tornar fornecedores de craques para o exterior, como no futebol? Exportar nossos profissionais
para que outros países usufruam
do investimento que fizemos neles?", pergunta o chef Laurent
Suaudeau.
A Fispal abriga o Fispal Gourmet
Show, a cargo do próprio Laurent e
de uma equipe de profissionais especializados que tem como prioridade a preparação e qualificação
de profissionais brasileiros.
Os concursos possibilitam o contato dos estudantes e dá extrema
ênfase à identidade culinária dos
países e Estados competidores.
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