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Curta realça individualismo
especial para a Folha
"Angelo Anda Sumido",
curta de Jorge Furtado exibido sábado em Gramado, é
uma bem-humorada crônica urbana de tintas kafkianas sobre a odisséia de um
rapaz que sai de casa para
jantar com um amigo (o
Angelo do título) e se vê às
voltas com a selva de grades
que se tornou a cidade.
O filme despertou reações
entusiasmadas da platéia
durante a projeção e um
aplauso morno ao final. Para o diretor, isso aconteceu
porque o final é deliberadamente anticlimático: "O
filme não acaba, ele se fina".
É verdade. O interesse do
público é atraído para uma
coisa (o que houve com Angelo?) que o filme não mostra, para realçar o individualismo do protagonista.
Opção corajosa de um filme que descreve um mundo em que, segundo as palavras do diretor, "o indivíduo, quando enfrenta o espaço público, quer ter o
menor contato possível
com o outro".
(JGC)
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