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BEBIDA
Pro Chile descortina bom exemplares
JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA
Desde 2002, o Chile lidera o
ranking de vinhos importados
no Brasil. No ano passado, as
adegas chilenas venderam para
o nosso país mais de US$ 22
milhões (R$ 51 milhões) em vinhos, superando a Argentina,
segunda colocada. Visando
manter os seus goles no pódio
em 2005, o Pro Chile (escritório
para assuntos econômicos do
Chile no Brasil) organizou, no
dia 27 de julho, no hotel Renaissance, em São Paulo, uma
apresentação que congregou
43 vinícolas chilenas que serviram seus vinhos a cerca de 900
profissionais e convidados.
O evento descortinou novidades interessantes, que devem
aparecer em breve por aqui.
Entre elas está a Viña La Rosa,
uma antiga vinícola do Vale de
Cachapoal, no sul do país, que
mostrou bons tintos, como o
La Palma Merlot 2004, um vinho equilibrado, com boa fruta, redondo (86/100); ou o La
Capitana Syrah 2004, de boa
textura, intenso e amplo em
boca (88/100). Os vinhos serão
importados pela San Marinno
(tel. 0/xx/11/6942-0681).
Outra adega com um belo time rubro foi a Viña Odfjell (representada pela World Wine,
tel. 0/xx/11/3315-7477), firma
do Vale do Maipo, vizinho à cidade de Santiago. Destaque
aqui para dois Armador 2003:
o Cabernet Sauvignon (encorpado, com boa fruta, 87/100) e
o Merlot (redondo, denso, 87/
100). Brilhou também o Orzada Carmenère 2003, um vinho
marcado por couro, tabaco e
fruta (89/100).
A Vinalia (tel. 0/xx/11/3872-3227) apresentou a Luis Felipe
Edwards, outra adega de Cachapoal. Nicolás Bizzari, que já
assinou o Vinhedo Chadwick,
um Cabernet de ponta chileno,
entre os melhores do país, modela os goles da casa, que tem
na base os Pupilla, um grupo
de vinhos simples, com boa relação custo-benefício, como o
Merlot 2004, de corpo médio,
bem frutado e agradável (85/
100, R$ 18,31); e também reservas como o Luis Felipe Edwards Gran Reserva Malbec
2003, cheio de fruta e de paladar macio (89/100, R$ 68,92).
RUBRO DA FRONTEIRA
Elaborado com uvas oriundas da Fortaleza do Seival,
uma propriedade localizada
na Campanha, faixa do Rio
Grande do Sul na divisa com o
Uruguai, o tinto estreante da
Miolo, de bom corpo, taninos
firmes e bom conteúdo de fruta, dá uma mostra do potencial dessa nova região vitivinícola brasileira.
BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40
MIOLO FORTALEZA DO SEIVAL TANNAT 2004
Avaliação: 85/100
Bom para:
acompanhar
carnes vermelhas
e embutidos
Preço: R$ 21
Onde:
Mercantil Zero
(tel. 0/xx/11/3813-2929)
PREÇOS PALATÁVEIS
Na sua Brasserie (r. Bahia, 683, tel 0/xx/11/3826-5409), o chef Erick
Jacquin mantém uma carta bem sortida, com vinhos que custam, na
mesa, apenas 15% a mais do que na loja adjacente da Expand. Há
exemplares para todos os bolsos, como o argentino Finca Silvina, à
venda por R$ 34,49 na importadora e a R$ 40 no restaurante.
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