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Pinacoteca deixou de fazer mostra em SP
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apaixonado nos últimos
anos por instalações, projeções
e impressões em grandes formatos onde o visitante pudesse
"encher os olhos e se arrepiar
envolvido pelo ambiente e pelo
detalhe ampliado", Cravo Neto
planejava com o curador de fotografia da Pinacoteca do Estado, Diógenes Moura, uma mostra com grandes projeções de
suas fotografias.
A exposição deveria ter ocupado o quarto andar da Estação
Pinacoteca em maio deste ano,
mas não ocorreu por falta de
patrocínio.
Quatro grandes sequências
fotográficas inéditas realizadas
com slides no final da década de
60, em Nova York, deveriam
ser projetadas criando uma espécie de sinfonia visual, compondo uma narrativa sobre o
impacto de viver em uma grande metrópole e sobre as suas
experiências com o LSD.
Chateado por não ter realizado a mostra em maio, no último
e-mail escrito ao curador, Cravo Neto pedia para que a exposição ocorresse ainda este ano.
"Se vire!", escreveu.
E, feliz, dizia ter finalmente
encontrado o título da exposição: "Butterflies and Zebras".
Segundo Moura, a Pinacoteca
do Estado pretende manter a
mostra em seu calendário para
este ano, mas ainda depende da
captação de patrocínio.
Apropriação
Cravo Neto fez sua última
mostra no MAM da Bahia, em
Salvador, no início deste ano.
Avesso a se repetir em seus
trabalhos, criou o "site specific"
(obra feita especialmente para
um determinado espaço) "BO
no MAM/1959-1964", no qual
se apropriou e ampliou em
grandes formatos imagens documentais do fotógrafo baiano
Voltaire Fraga (1912-2006) no
Solar do Unhão, local que hoje
abriga o museu, antes da intervenção de Lina Bo Bardi.
Assim, o artista fez ressurgir,
em contraste, o passado de
maus-tratos à arquitetura e ao
patrimônio público numa instituição que agora passou a ser
dirigida de forma digna.
(EC)
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