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Mix Brasil destaca curtas brasileiros
JACKSON ARAUJO
free-lance para a Folha
O 5º Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual reapresenta hoje, às
21h, no auditório do MIS, o programa "Formas de Vida", que
reúne três dos principais curtas
produzidos no Brasil: "Ordinária", de Billy Castilho, "Arquivo
Ó", do diretor fictício Marcelo
Carter, e "Sex-Plex", de Isabelle
Bittencourt.
Antes, às 15h, também no MIS,
no programa "Mulheres em Desfile" serão projetados os filmes
"Monalisa", de Isabelle Bittencourt -premiado nos festivais de
Fortaleza e Cuiabá-, "Manual
Cinematográfico dos Seios", de
Fernanda Riscali, e "A Decisão de
Rita", de Reginaldo Bianco, um vídeo sobre aborto do grupo Católicas pelo Direito de Decidir.
Logo após a sessão haverá o debate "Saindo do Armário" com a
presença da cantora Vange Leonel.
Ainda hoje, o MIX Brasil apresenta o longa brasileiro "Espelho
da Carne" (85), de Luís C. Fontoura. O filme conta a história de um
casal de classe média-alta carioca
que compra um espelho que pertenceu a um bordel. No elenco estão Maria Zilda, Daniel Filho,
Dennis Carvalho e Roberto Bataglin experimentando os prazeres
do sexo livre.
No Espaço Unibanco de Cinema,
a programação começa às 16h com
a exibição do programa "Garotos
& Garotas", com três curtas, seguido pelo filme "Juntos a Sós"
(91), de P.J. Castellaneta.
Em "Garotos & Garotas" o destaque é o curta "Amá-la", de Roberta Marques, realizadora cearense radicada em Amsterdã. O filme é um painel de memórias de
uma mulher que volta à terra natal
carregando sua mala.
Em "Juntos a Sós", prêmio de
melhor filme pelo júri popular no
San Francisco International Gay
and Lesbiam Film Festival 95, dois
jovens passam a noite fazendo sexo sem segurança. Ao acordar,
discutem promiscuidade, relacionamentos gays e bissexualidade.
No último domingo, quando foram exibidos os programas "Contemplando a Vida Gay no Oriente"
e "Gays Independentes do Japão",
selecionados por Hiroaki Sato, curador do Tokyo International Lesbian and Gay Film Festival, a
maior surpresa foi o público composto em quase sua totalidade por
membros da comunidade japonesa das mais diversas faixas etárias.
Durante o debate falado em japonês que antecedeu as sessões,
surpreendeu o questionamento de
uma garota de 9 anos. Acompanhada pelos pais, a garota perguntou o que acontece quando um jovem japonês diz para os pais que é
gay ou lésbica.
Hiroaki Sato respondeu que no
Japão situações como essa são
complicadas, pois dificilmente os
pais aceitam a homossexualidade
dos filhos, o que leva muitos jovens ao suicídio.
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