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ESTRÉIA
Série "Weeds" queima estereótipos e vicia
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
"Weeds" é a prova de que o conservadorismo e a mão pesada ainda não tomaram por completo a
televisão norte-americana.
Porque "Weeds" (semente, na
tradução) consegue ser engraçado, irônico e incisivo em sua crítica à hipocrisia na família média
em uma trama cujo ponto de partida é a... maconha. Sem apelar,
sem forçar estereótipos.
A série foi ao ar nos EUA neste
ano e a segunda temporada já está
em produção. Chega ao Brasil hoje, no canal GNT.
Neste primeiro episódio, ficamos conhecendo Nancy Botwin
(Mary-Louise Parker -mais rechonchuda e charmosa do que de
costume), uma dona-de-casa de
trinta-e-poucos-quase-quarenta
anos, viúva, que para conseguir
criar os dois filhos começa a vender maconha para vizinhos e amigos. Seus dois filhos são um adolescente que passa o tempo com a
nova namorada, tentando achar
um lugar seguro para transar, e
um garoto que gosta de assistir a
um programa sobre caça de ursos.
Eles vivem na pequena e ensolarada Agrestic, na Califórnia, e os
outro personagens vão aparecendo. Há Josh, jovem que compra
maconha de Nancy para revender. Mas ela impõe algumas regras, entre elas: não vender para
crianças. Ele, claro, não obedece.
Há a vizinha controladora, Celia
Hodes, que não se conforma com
uma das filhas, que é gordinha, e
vigia a outra, namorada do filho
de Nancy, por meio de câmeras
escondidas em bichinhos de pelúcia. E ela desconfia que o marido
está tendo um caso com a professora de tênis. Vemos também
Doug, um quarentão que é cliente
e amigo de Nancy.
E há Heylia James e sua família,
que são os fornecedores de
Nancy. Únicos personagens negros da série, são confidentes de
Nancy e dão toque humorístico.
"Weeds" é seriado de entretenimento, não tem motivação educacional nem assume posição maniqueísta. É bom. E vicia.
Weeds
Quando: hoje, às 23h45, no canal GNT
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