João Wainer/Folha Imagem

Modelo desfila a marca Versace em evento anteontem, em São Paulo

da Redação

Pela primeira vez no país, a marca italiana Versace mostrou suas roupas num desfile, anteontem à noite, no Palácio dos Bandeirantes (São Paulo).
De caráter beneficente, a apresentação contou com a presença de Mário Covas e de sua mulher, dona Lila. Também compareceu o presidente da grife, Santo Versace.
Santo, 53, é irmão do estilista Gianni Versace, morto no ano passado, e de Donatella, que cuida da direção fashion da marca, cujos domínios atingem 286 lojas. Em São Paulo, a loja na Bela Cintra completou um ano de existência nas mãos de Janet Boghosian.
Uma minicoleção de roupas em lycra com estampas e formas inspiradas na embalagem da vodka Absolut criadas pelo próprio Gianni abriu o desfile, em cores como vinho, amarelo e verde.
Depois entraram as roupas da coleção outono-inverno, começando com um corselete de lamê dourado usado com saia de lã com uma fenda revelando um extravagante forro amarelo. Assim, bom gosto e sensualidade pontuaram as peças.
Aos poucos, as supermodelos que desfilam para Versace passaram a fazer falta. A dois meses do início da temporada de moda brasileira, as melhores modelos estão fora do país e, como se sabe, é preciso um pouco mais do que medidas corretas para vestir a marca. É preciso autoconfiança, feminilidade e abuso. Destacaram-se a loura Ingrid, importada, e a brasileira Fabiana Saba.
As armas do estilo Versace são revelar costas e colo de modo sedutor e austero, em formas justas ao corpo nos vestidos de lã. Calças estreitas e jaquetas de abotoamento militar vêm em preto ou no roxo-batata do conjunto de Alessandra Berriel, de mangas compridas e cinto de strass na cintura baixa.
Os homens ganham o segmento mais irreverente. O tradicional cinza ganha tachas prateadas na lã, no costume de casimira ou mesmo sobre o jeans.
(EP)



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