São Paulo, domingo, 11 de dezembro de 2005

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ÚLTIMA CHANCE

Sala de Cingapura é vedete na 6ª Bienal de Arquitetura, que acaba hoje

Pufe oriental vira hit no Ibirapuera

MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL

As gravuras coloridas de Le Corbusier, o mobiliário de Alvar Aalto e a arquitetura branca de Eduardo Souto de Moura têm seus atrativos, mas os pufes da sala especial de Cingapura e os sofás da representação francesa viraram vedetes da 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que termina hoje.
No Pavilhão da Bienal, assinado por Oscar Niemeyer, áreas de descanso como as de Cingapura e a da França eram disputadas pelo público em todas as vezes que a Folha visitou o evento.
Adriane Becker, 22, Karolina Ziulkoski, 20, e Márcia Heck, 19, estudantes de arquitetura da UFRGS (Universidade Federal do RS), relaxavam nos pufes da sala de Cingapura, enquanto um vídeo destacava as características urbanas do país, com grande densidade populacional e preocupações com o paisagismo.
Com cortes rápidos, intervenções em alto som e frases que pontuam as imagens, o vídeo frisa a tentativa de transformar Cingapura em uma "cidade-jardim" e, com isso, o incentivo à criação de parques, praças e rios navegáveis. "Um filme em um cenário gráfico cria um impacto mais explosivo à audiência", diz o material de divulgação.
"Gostei, é diferente do que estou acostumada a ver em arquitetura. O vídeo e a ambientação ajudam", disse Ziuloski. "Imaginava Cingapura como um lugar totalmente diferente do que foi exibido", afirmou Becker. O trio veio a São Paulo em uma excursão da faculdade, algo comum de ser encontrado diariamente.
Outra sala cheia era a da França, com seus espaçosos sofás. O arquiteto Julio Bentes, 27, veio do Rio para o evento junto da estudante Graziella Faini, 29, e da engenheira Marjory Pico, 28. Depois de quatro horas de visitação, o tempo de descanso na representação foi bem-vindo. "As maquetes atraem o público leigo, mas os croquis, pranchas e perspectivas são importantes para os arquitetos", disse Bentes, que tirava fotos digitais dos projetos, outra constante entre o público.
De acordo com o curador Gilberto Belleza, a Bienal recebeu até quinta cerca de 160 mil visitantes. "Fiquei satisfeito com o resultado crítico do evento, elogiado no exterior. Representantes do Canadá, Itália e Polônia já se manifestaram para participar da próxima edição", disse ele.
Com menos dias de exibição e sem gratuidade, o público de 180 mil da Bienal passada não deve ser ultrapassado. "Acho que a aposta nas maquetes e o maior rigor na seleção de projetos foram decisões acertadas", avalia.


6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Quando:
hoje, das 10h às 22h
Onde: Pavilhão da Bienal (pq. Ibirapuera, portão 3, SP, tel. 0/xx/11/ 5574-5922)
Quanto: de R$ 6 a R$ 12



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