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ÚLTIMA CHANCE
Sala de Cingapura é vedete na 6ª Bienal de Arquitetura, que acaba hoje
Pufe oriental vira hit no Ibirapuera
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
As gravuras coloridas de Le
Corbusier, o mobiliário de Alvar
Aalto e a arquitetura branca de
Eduardo Souto de Moura têm
seus atrativos, mas os pufes da
sala especial de Cingapura e os
sofás da representação francesa
viraram vedetes da 6ª Bienal Internacional de Arquitetura de
São Paulo, que termina hoje.
No Pavilhão da Bienal, assinado por Oscar Niemeyer, áreas de
descanso como as de Cingapura
e a da França eram disputadas
pelo público em todas as vezes
que a Folha visitou o evento.
Adriane Becker, 22, Karolina
Ziulkoski, 20, e Márcia Heck, 19,
estudantes de arquitetura da
UFRGS (Universidade Federal
do RS), relaxavam nos pufes da
sala de Cingapura, enquanto um
vídeo destacava as características
urbanas do país, com grande
densidade populacional e preocupações com o paisagismo.
Com cortes rápidos, intervenções em alto som e frases que
pontuam as imagens, o vídeo frisa a tentativa de transformar
Cingapura em uma "cidade-jardim" e, com isso, o incentivo à
criação de parques, praças e rios
navegáveis. "Um filme em um
cenário gráfico cria um impacto
mais explosivo à audiência", diz
o material de divulgação.
"Gostei, é diferente do que estou acostumada a ver em arquitetura. O vídeo e a ambientação
ajudam", disse Ziuloski. "Imaginava Cingapura como um lugar
totalmente diferente do que foi
exibido", afirmou Becker. O trio
veio a São Paulo em uma excursão da faculdade, algo comum de
ser encontrado diariamente.
Outra sala cheia era a da França, com seus espaçosos sofás. O
arquiteto Julio Bentes, 27, veio
do Rio para o evento junto da estudante Graziella Faini, 29, e da
engenheira Marjory Pico, 28. Depois de quatro horas de visitação, o tempo de descanso na representação foi bem-vindo. "As
maquetes atraem o público leigo,
mas os croquis, pranchas e perspectivas são importantes para os
arquitetos", disse Bentes, que tirava fotos digitais dos projetos,
outra constante entre o público.
De acordo com o curador Gilberto Belleza, a Bienal recebeu
até quinta cerca de 160 mil visitantes. "Fiquei satisfeito com o
resultado crítico do evento, elogiado no exterior. Representantes do Canadá, Itália e Polônia já
se manifestaram para participar
da próxima edição", disse ele.
Com menos dias de exibição e
sem gratuidade, o público de 180
mil da Bienal passada não deve
ser ultrapassado. "Acho que a
aposta nas maquetes e o maior
rigor na seleção de projetos foram decisões acertadas", avalia.
6ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo
Quando: hoje, das 10h às 22h
Onde: Pavilhão da Bienal (pq.
Ibirapuera, portão 3, SP, tel. 0/xx/11/
5574-5922)
Quanto: de R$ 6 a R$ 12
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