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Record prepara série sobre violência carioca
Com estréia em janeiro, "A Lei e o Crime" é o primeiro seriado produzido pela emissora
Série tem no elenco atores de "Tropa de Elite", além de autor e diretor de "Vidas Opostas", uma das novelas de maior êxito da Record
CAIO JOBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Enquanto no alto do morro o
crime organizado faz a sua própria lei em tribunais improvisados, no asfalto da zona sul carioca a polícia se divide entre os
que enfrentam bandidos e os
que se corrompem.
Este é o pano de fundo de "A
Lei e o Crime", primeiro seriado produzido pela Record.
Escrita por Marcílio Moraes
e com direção de Alexandre
Avancini -dupla responsável
por "Vidas Opostas", uma das
novelas de maior êxito da emissora-, a produção tem um formato inspirado no de séries
americanas. Serão 16 capítulos,
exibidos às segundas-feiras, a
partir de 5 de janeiro.
Assim como em "Vidas Opostas", a série fará uma abordagem "crua" e "realista" do "estado de guerra" em que se vive
no Rio, segundo Avancini.
"O seriado tem muito realismo. O texto do Marcílio, apesar
de não se propor a fazer uma
crítica social, é muito crítico. O
que a gente mostra é o que nós,
que moramos no Rio, passamos
no dia-a-dia", diz o diretor.
Os personagens da série
transitam entre o respeito a
princípios e a priorização de interesses pessoais. "Não é um
seriado que vai falar o que é certo e errado", diz André Ramiro,
de "Tropa de Elite", que encarna um traficante na produção.
Ao colocar em dúvida o caráter dos personagens, "talvez se
produza uma reflexão maior
sobre a questão da violência" e
das fronteiras entre "a lei e o
crime", acredita o ator Ângelo
Paes Leme, intérprete de Nando, o protagonista do seriado.
Na trama, Nando mata o sogro, que o submetia a humilhações constantes, e se torna um
fugitivo. Ele vai ser perseguido
pelo genro, um inspetor de polícia ligado à milícia, chamado
Romero (Caio Junqueira, outro
ator de "Tropa de Elite"). Nando se refugia no fictício morro
Alvorada e torna-se chefe do
tráfico. Não sem antes cometer
outro assassinato, tendo uma
delegada em seu encalço.
"É um seriado de entretenimento, mas a gente pretende ir
um pouquinho além. Procuramos questionar essa fronteira
entre a lei e o crime, que no
Brasil é um pouco indistinta",
afirma Moraes.
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