São Paulo, quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

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Record prepara série sobre violência carioca

Com estréia em janeiro, "A Lei e o Crime" é o primeiro seriado produzido pela emissora

Série tem no elenco atores de "Tropa de Elite", além de autor e diretor de "Vidas Opostas", uma das novelas de maior êxito da Record


CAIO JOBIM
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

Enquanto no alto do morro o crime organizado faz a sua própria lei em tribunais improvisados, no asfalto da zona sul carioca a polícia se divide entre os que enfrentam bandidos e os que se corrompem.
Este é o pano de fundo de "A Lei e o Crime", primeiro seriado produzido pela Record.
Escrita por Marcílio Moraes e com direção de Alexandre Avancini -dupla responsável por "Vidas Opostas", uma das novelas de maior êxito da emissora-, a produção tem um formato inspirado no de séries americanas. Serão 16 capítulos, exibidos às segundas-feiras, a partir de 5 de janeiro.
Assim como em "Vidas Opostas", a série fará uma abordagem "crua" e "realista" do "estado de guerra" em que se vive no Rio, segundo Avancini.
"O seriado tem muito realismo. O texto do Marcílio, apesar de não se propor a fazer uma crítica social, é muito crítico. O que a gente mostra é o que nós, que moramos no Rio, passamos no dia-a-dia", diz o diretor.
Os personagens da série transitam entre o respeito a princípios e a priorização de interesses pessoais. "Não é um seriado que vai falar o que é certo e errado", diz André Ramiro, de "Tropa de Elite", que encarna um traficante na produção.
Ao colocar em dúvida o caráter dos personagens, "talvez se produza uma reflexão maior sobre a questão da violência" e das fronteiras entre "a lei e o crime", acredita o ator Ângelo Paes Leme, intérprete de Nando, o protagonista do seriado.
Na trama, Nando mata o sogro, que o submetia a humilhações constantes, e se torna um fugitivo. Ele vai ser perseguido pelo genro, um inspetor de polícia ligado à milícia, chamado Romero (Caio Junqueira, outro ator de "Tropa de Elite"). Nando se refugia no fictício morro Alvorada e torna-se chefe do tráfico. Não sem antes cometer outro assassinato, tendo uma delegada em seu encalço.
"É um seriado de entretenimento, mas a gente pretende ir um pouquinho além. Procuramos questionar essa fronteira entre a lei e o crime, que no Brasil é um pouco indistinta", afirma Moraes.


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