São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2008 |
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TRECHO No final da tarde, em reunião em seu gabinete, Espinosa ficou sabendo que a investigação de Welber não resultara em nada que contribuísse para o esclarecimento da morte da pensionista. Tampouco Ramiro tivera sorte com os funcionários do supermercado que ela freqüentava e com os empregados da farmácia e das lojas vizinhas ao prédio. Não havia nada no cotidiano de d. Laureta que sugerisse o motivo pelo qual ela havia procurado a polícia. Mas uma coisa chamava a atenção: fosse qual fosse o motivo que a levara à delegacia, não parecia ser na delegacia em si que ela estava interessada, mas na figura do delegado... Que ela não conhecia e cujo nome não sabia. - (...) Estava à procura de alguém que, além de ser delegado, tivesse uma idade (...) mais próxima da dela (...) Devia achar que o motivo que a trazia aqui não podia ser compreendido por um policial menos experiente. Quando a atendente disse que o detetive Welber era um policial experiente, ela deu a entender que não era à experiência policial que se referia. Extraído de "Na Multidão", de Luiz Alfredo Garcia-Roza Texto Anterior: Crítica/"Na Multidão": Garcia-Roza usa Poe como referência em enredo policial Próximo Texto: Crítica/"Um Concerto em Tom de Conversa": Complexidade do real marca diálogo de escritora e cineasta Índice |
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