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VÍDEO LANÇAMENTOS
Detonando a América
da Redação
Depois de exportar de carros a
tecnologia, de comida a modo de
vida, os Estados Unidos agora
mostram seus novos heróis.
Não, eles não vestem capas vermelhas e roupas de morcego, nem
andam pelas paredes ou voam pelos ares. Os novos ídolos da América são dois garotos franzinos com
camisetas de bandas de rock e um
radialista feio e brega.
Beavis e Butt-Head conquistaram os EUA -e o mundo- proferindo comentários monossilábicos -"cool" (legal) e "it sucks"
(que saco) são os preferidos- e
idiotas sobre videoclipes, fazendo
uma série de maldades de moleque
e pensando somente em TV e sexo
-apesar de serem virgens.
Howard Stern partiu de uma rádio do interior para Nova York,
contratado pela rede NBC. Conquistou o país com um programa
recheado de piadas grosseiras.
Os brasileiros que não tiveram a
oportunidade de assistir aos desenhos da duplinha de garotos na
MTV e que nunca puderam ir aos
EUA e ouvir Stern têm sua chance
de conhecê-los agora, quando os
filmes "Beavis e Butt-Head Detonam a América" e "O Rei da Baixaria" chegam às videolocadoras.
No primeiro, a dupla de animação criada por Mike Judge -que
também faz as vozes dos dois moleques- não deixa pedra sobre
pedra por onde passa em "tour"
pelo país atrás de sua TV roubada.
No segundo, Howard Stern interpreta a si mesmo, baseando-se
em seu livro autobiográfico "Private Parts". O radialista fala sem
pudores de sua vida particular, incluindo casamento e filhos.
Em ambos, a face mais crua da
América pode ser vista. E, dado o
sucesso dos três rapazes, é possível
imaginar que, apesar de conterem
críticas ao atual modo de vida norte-americano -e mundial, se considerarmos a influência do "American way" nos outros países-,
eles podem provocar, na verdade,
identificação. Quantos Beavis,
Butt-Heads e Howard Sterns não
existem por aí?
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