São Paulo, segunda, 12 de janeiro de 1998.




Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mulheres buscam novos espaços

da Reportagem Local

Fora do front das bandas cariocas, são as mulheres que tentam se tornar mais presentes no cenário pop/rock em 98.
Duas delas são ex-integrantes de bandas de rock, que tetam consumar sua emancipação neste ano: Cris Braun, ex-Sex Beatles, e Syoung, ex-P.U.S.
A gaúcha Cris Braun, "acima de 30", que cresceu em Maceió e "fugiu" aos 18 anos para o Rio de Janeiro, dá partida ao selo que a cantora e compositora Marina Lima desenvolve na PolyGram, prometendo matizar o rock'n'roll cru dos Sex Beatles, banda cultuada (de lá saiu também Alvin L.), mas pouco conhecida nos seis anos em que existiu.
"Os Sex Beatles tinham um problema clássico, de ter letras sofisticadas e um som dirigido ao público juvenil. Meu disco, 'Cuidado com Pessoas como Eu', quer afastar um pouco aquela imagem de femme fatale, de enfant terrible que eu tinha na banda. Não é rock'n'roll", diz.
Ela afirma que o traço de mistura nacional/universal dos anos 90 ("Lenine é maravilhoso, apesar de estar virando consenso") existe, mas de forma sutil. "O disco não tem uma marca violenta de mistura. Não quis, nem tenho condição e informação suficiente para fazer, até por estar chegando agora."
A brasiliense Syang -ex-Syoung, na verdade Simone Breyer-, 28, por sua vez, troca a banda de rock pesado P.U.S. pela carreira solo no "pop-rock", segundo sua gravadora, WEA. Syang não quis falar com a Folha porque está em estúdio, segundo a WEA.
Da Bahia, devem chegar duas bandas de mulheres: a Penélope Charmosa e a percussiva Didá, esta conhecida pelo entusiasmo expressado por Caetano Veloso desde "Tieta do Agreste". (PAS)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.