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Mulheres buscam novos espaços
da Reportagem Local
Fora do front das bandas cariocas, são as mulheres que tentam se
tornar mais presentes no cenário
pop/rock em 98.
Duas delas são ex-integrantes de
bandas de rock, que tetam consumar sua emancipação neste ano:
Cris Braun, ex-Sex Beatles, e
Syoung, ex-P.U.S.
A gaúcha Cris Braun, "acima de
30", que cresceu em Maceió e
"fugiu" aos 18 anos para o Rio de
Janeiro, dá partida ao selo que a
cantora e compositora Marina Lima desenvolve na PolyGram, prometendo matizar o rock'n'roll cru
dos Sex Beatles, banda cultuada
(de lá saiu também Alvin L.), mas
pouco conhecida nos seis anos em
que existiu.
"Os Sex Beatles tinham um problema clássico, de ter letras sofisticadas e um som dirigido ao público juvenil. Meu disco, 'Cuidado
com Pessoas como Eu', quer afastar um pouco aquela imagem de
femme fatale, de enfant terrible
que eu tinha na banda. Não é
rock'n'roll", diz.
Ela afirma que o traço de mistura
nacional/universal dos anos 90
("Lenine é maravilhoso, apesar de
estar virando consenso") existe,
mas de forma sutil. "O disco não
tem uma marca violenta de mistura. Não quis, nem tenho condição
e informação suficiente para fazer,
até por estar chegando agora."
A brasiliense Syang
-ex-Syoung, na verdade Simone
Breyer-, 28, por sua vez, troca a
banda de rock pesado P.U.S. pela
carreira solo no "pop-rock", segundo sua gravadora, WEA. Syang
não quis falar com a Folha porque
está em estúdio, segundo a WEA.
Da Bahia, devem chegar duas
bandas de mulheres: a Penélope
Charmosa e a percussiva Didá, esta
conhecida pelo entusiasmo expressado por Caetano Veloso desde "Tieta do Agreste".
(PAS)
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