São Paulo, quinta, 12 de fevereiro de 1998

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Fernando Millan morre em SP

da Reportagem Local

O galerista e colecionador paulista -natural de São José do Rio Preto- Fernando Barjas Millan morreu ontem em São Paulo, vítima de câncer no pulmão. Estava com 73 anos de idade.
Millan iniciou suas atividades no meio artístico ainda nos anos 50, como diretor da mostra do 4º Centenário. Nos anos 60, iniciou suas atividades como antiquário e marchand.
Amigo pessoal de artistas modernistas de renome como Milton Dacosta, Flávio de Carvalho e Di Cavalcanti, Millan inaugurou sua galeria de arte nos anos 70 e a manteve até 1991, projetando importantes nomes da arte contemporânea, como Jac Leirner, Tunga e Flávia Ribeiro.
Participou também das diretorias de várias instituições culturais da cidade, como o MAM-SP e Bienal, e do conselho do Masp.
Em 1991, ano do centenário de Lasar Segall (1891-1957), Millan voltou ao mercado ao divulgar que era proprietário de um lote de obras que poderiam ser do pintor lituano.
As telas já haviam sido motivo de um processo movido por Lucy Citti Ferreira, aluna e modelo de Segall, que dizia ser proprietária das obras.
Fernando Millan estava internado há 45 dias no hospital Sírio-Libanês. O enterro acontece hoje, às 9h30, no cemitério do Morumbi. Ele deixou cinco filhos, entre eles os galeristas André e Joca, e seis netos. (CF)


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