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Brown vai compor para orquestra
da enviada especial
Mesmo sem conhecer nada de
orquestração, o percussionista
Carlinhos Brown vislumbra seus
arroubos musicais traduzidos para orquestra. "A linguagem é dramática, como na música afro."
Em entrevista no Guetto Square,
Brown disse estar procurando
quem compre sua idéia. "Posso
reger até para maçã e oboé."
Com ou sem orquestra, Brown
pretende realizar uma obra concreta com a Timbalada até o ano
2000. A idéia de gravar três trilogias até lá está de pé, ainda que faltem mais quatro discos nos dois
anos que restam.
Brown disse que a Timbalada é
hoje o maior serviço de animação
popular do mundo e que a axé,
com todas as suas facções, deve se
voltar ao grito primal da MPB, que
para ele é a música indígena.
"Não há relação com a música
sem relação com o natural, nossa
língua é a língua do miscigenado." Falando em natureza, completa: "Fui corajoso, me elegeram
para ser artista, sou bandido desde
que nasci".
(SC)
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