São Paulo, quinta, 12 de fevereiro de 1998

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Brown vai compor para orquestra

da enviada especial

Mesmo sem conhecer nada de orquestração, o percussionista Carlinhos Brown vislumbra seus arroubos musicais traduzidos para orquestra. "A linguagem é dramática, como na música afro." Em entrevista no Guetto Square, Brown disse estar procurando quem compre sua idéia. "Posso reger até para maçã e oboé."
Com ou sem orquestra, Brown pretende realizar uma obra concreta com a Timbalada até o ano 2000. A idéia de gravar três trilogias até lá está de pé, ainda que faltem mais quatro discos nos dois anos que restam.
Brown disse que a Timbalada é hoje o maior serviço de animação popular do mundo e que a axé, com todas as suas facções, deve se voltar ao grito primal da MPB, que para ele é a música indígena.
"Não há relação com a música sem relação com o natural, nossa língua é a língua do miscigenado." Falando em natureza, completa: "Fui corajoso, me elegeram para ser artista, sou bandido desde que nasci". (SC)


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