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Ben Affleck, que interpreta o herói cego Demolidor, em nova adaptação dos quadrinhos da Marvel, que pré-estréia amanhã em SP

Folha - Por que demorou tanto para que a Marvel descobrisse a mina de ouro do cinema?
Avi Arad - Acho que nos dias de Perelman [Ronald O. Perelman, principal acionista do grupo Marvel de 1989 a 1997] havia um medo de fazer filmes, de que, se um filme não funcionasse, talvez destruísse o valor dos outros. E, quando nós assumimos, Ike e eu, decidimos que, se você quiser sair com uma garota, é preciso dizer "Ei, o que você vai fazer esta noite?". Ou você só vai ficar olhando.

Folha - Foram feitas mudanças em relação à HQ, como transformar o Rei do Crime em um negro. O que pensaram os fãs?
Arad - No início tem sempre aquele nervosismo dos fãs, tentando entender, mas logo em seguida eles se apaixonam. O próprio Ben Affleck [que interpreta o herói no filme] já tinha escrito um prefácio para a revista do Demolidor, da fase do [diretor de cinema e roteirista de HQs] Kevin Smith. Os quadrinhos têm 50 anos. Há muitos anos acho que o mundo era mais branco do que precisava.
E toda vez que temos uma oportunidade de pegar um personagem e adicionar o sabor da vida real a ele vamos fazê-lo. O grande barato em ter todo esse universo para fazer filmes é que não precisamos baseá-lo em uma única edição. Podemos olhar todas as histórias e fazer algo como juntar o Mercenário com o Rei do Crime, a Elektra com o seu pai etc.

Folha - Além das continuações, do "Hulk" e de um filme só da Elektra, o que a Marvel está reservando para o futuro?
Arad - Estamos trabalhando em um monte de coisas que o mundo ainda não sabe. Mas posso dizer que tem um livro do Gárgula que gostaríamos de ver adaptado. Mas o filme que eu queria fazer é do Homem-Formiga, dos Vingadores. Seria algo como "Querida, Eu Encolhi o Super-herói".


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