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CRÍTICA
Atriz vinga sua geração em comédia
SÉRGIO DÁVILA
DA REPORTAGEM LOCAL
Alguém sabe dizer
-sem antes consultar
o IMDb- onde foram parar
atrizes como Holly Hunter,
Debra Winger, Elizabeth
McGovern? E Linda Fiorentino e Rosanna Arquette?
Mesmo as mais badaladas
Sharon Stone, Carrie Fisher
e Kathleen Kennedy?
Sumiram. Escafederam-se. Cometeram um pecado
mortal em Hollywood, a
mais machista das indústrias
do entretenimento: passaram dos 40 anos.
Hoje ganham a vida aparecendo em telefilmes, longas
para crianças, séries de TV
ou produzindo/dirigindo filmes alternativos.
"Alguém Tem que Ceder"
vem para redimir esse sexo
frágil -e o faz deliciosamente. Muito -quase tudo- por conta do desempenho de Diane Keaton, que
chega para vingar sua geração de atrizes.
Ela é Erica, escritora cinqüentona que vive isolada
até que conhece o testicocéfalo namorado da filha. Interpretado com doses certas
de humor pelo sessentão
Jack Nicholson, ele terá um
infarto depois de usar Viagra
para transar com a menina,
mostrará a bunda (com
marca de tanga, valha-nos)
poucas cenas antes de Diane
aparecer nua ela também
(batendo um bolão, aliás).
"Alguém" não é uma obra-prima, tem mesmo um velho e recorrente vício de algumas comédias, de apresentar mais finais do que o
necessário e ser um pouco
longo. Mas tudo acabará
bem, pelo menos para o espectador, que assistiu a um
filme de adultos feito por
adultos, em que o par central
não tem, somados, 35 anos.
Alguém Tem que Ceder
Something's Gotta Give
Produção: EUA, 2003
Direção: Nancy Meyers
Com: Diane Keaton
Quando: a partir de hoje nos cines
Center Norte, Morumbi e circuito
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