Piratas do Caribe   

Foi uma das boas lembranças do Oscar indicar Johnny Depp como melhor ator por "Piratas do Caribe". Este é seu melhor trabalho desde "Ed Wood", uma composição arriscada, propositalmente caricata, mas que combina perfeitamente com a proposta do filme. De resto, o filme traz muitos efeitos especiais (também indicados ao Oscar, assim como a maquiagem e o som) e um exagero que leva a desnecessárias duas horas e 20 minutos de filme. Nos extras, não há o making of da edição americana, apenas faixas de comentários separadas: uma do diretor e de Johnny Depp, outra dos produtores e uma terceira só com os roteiristas. Ao filme: o ponto de partida, na verdade, não é nada animador. "Piratas do Caribe" é fruto de um pesado investimento da Disney para dar vida a um de seus bem-sucedidos parques temáticos. Para a ingrata tarefa, foi chamado o diretor "competente" de plantão em Hollywood, Gore Verbinski, incapaz de imprimir marcas pessoais nos filmes que dirige. Depp, na pele de Jack Sparrow, o pirata-protagonista, caminha na direção oposta e oferece uma interpretação aventureira e ultrapessoal. Direção: Gore Verbinski. Produção: EUA, 2003. Lançamento: Buena Vista.
(PEDRO BUTCHER)


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