São Paulo, sábado, 12 de março de 2011

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Allan Sieber estreia tira diária na Ilustrada

Quadrinista gaúcho, que já colaborava aos sábados, substitui Glauco Vilas Boas, cuja morte completa um ano

Desenhista gosta de situações toscas, como um "supercampeonato de idiotas", e privilegia o humor escrachado

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

"É um jeito muito triste de entrar, após a morte de Glauco. Não há dúvida de que sou filho do humor dele, além do de Laerte e Angeli", diz o gaúcho Allan Sieber, 38. A partir de hoje, é ele quem substitui o cartunista morto há um ano.
Glauco Vilas Boas e seu filho Raoni foram assassinados a tiros em 12 de março de 2010. Até ontem, a Ilustrada continuou publicando quadrinhos de sua autoria, fazendo um apanhado de seus 33 anos no jornal.
Já Allan Sieber, dono de um humor escrachado (seu estúdio se chama Toscographics), colabora com a Folha desde 2000. Estreou no caderno Folhateen, com a série de sucesso "Vida de Estagiário", que se passa numa agência de publicidade.
A partir de 2005, passou a desenhar semanalmente na Ilustrada, com a tira "Preto no Branco", em que apresentava "supercampeonatos de idiotas" e promovia a volta do velho e bom Deus punitivo -aquele que adora mandar uma chuva de enxofre e transformar gente em estátua de sal.
Outra estrela dessa tira, que continua de sexta a domingo, é o próprio Sieber. Ele se autoentrevista na série "Allan Sieber Talk to Himself Show" e assume o papel de juiz e executor da humanidade. "Puno quem merece ser punido, a saber: enólogos, publicitários e franceses apresentadores de culinária na TV", ameaça.
De segunda a quinta, Sieber vai fazer uma série colorida, chamada "Bifaland, a Cidade Maldita". "É um universo tipo "Os Simpsons.'"
Casado com uma roteirista e morando no Rio, Sieber também é cineasta. Fez curtas-metragens de animação e finaliza seu primeiro documentário, "Pereio, Eu Te Odeio", no qual entrevista família, amigos e colegas do ator Paulo César Pereio.
"E não é para levantar a bola do sujeito, não. É só gente falando mal dele. O cara é tão intratável que está adorando a "homenagem". Isso é que é senso de humor escroto", identifica-se.


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