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RÁDIO
USP FM se esconde para ficar no ar
DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL
A USP FM (93,7 MHz) montou
uma "operação de guerra" para se
manter no ar durante a greve na
Universidade de São Paulo.
O prédio onde fica o estúdio da
FM foi tomado pelos grevistas.
Avisada com antecedência da
possibilidade de ocupação, a direção tirou o que pôde da Cidade
Universitária, de CDs a links
(equipamentos que conectam o
estúdio ao transmissor).
A estação vem se mantendo
precariamente. Tudo é pré-gravado. A programação está sendo gerada de estúdios alugados, que a
emissora não revela onde ficam, e
diretamente do transmissor, no
Pico do Jaraguá (zona noroeste).
Duas estréias foram adiadas:
"Vento Nordeste", sobre música
nordestina, previsto para o último
sábado, e o programa da organização não-governamental (ONG)
MPB Sempre (3 de junho).
Programas especiais estão sendo reprisados ou simplesmente
não estão indo ao ar.
Grande parte do acervo musical
da emissora está trancada. Os
funcionários, sem suas agendas
telefônicas, estão trabalhando cada dia em um lugar diferente para
driblar os grevistas, segundo a diretora Lígia Trigo.
A emissora, no entanto, está
conseguindo manter os jornalísticos "USP Notícias" (às 7h30) e o
"Conexão" (às 12h). Na greve de
1994, a USP FM só conseguiu
manter a programação musical.
A ONG Fórum Mineiro de Saúde Mental põe em prática na semana que vem a primeira etapa
de um projeto de combate, via rádio, ao preconceito contra pessoas com "sofrimento psíquico".
De segunda (15) a sábado (20),
durante a Semana Nacional de
Luta Antimanicomial, quatro rádios comunitárias de Belo Horizonte (Favela, Savassi, Santê e Lagoinha) vão transmitir programas feitos por "loucos".
Segundo a ONG, que tem apoio
do Banco Mundial, esse será o primeiro passo para a instalação de
uma rádio comunitária.
Depois de sete anos de resistência, a roqueira Tatuapé FM (89,5
MHz) foi fechada pela polícia no
último dia 4. A frequência já está
ocupada por evangélicos.
E-mail - daniel.castro@uol.com.br
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