São Paulo, segunda, 12 de maio de 1997.



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Oriente inspirou coreógrafo

especial para a Folha
Apesar da afinidade com a tecnologia, Daniel Ezralow procura achar canais para a espiritualidade em seu espetáculo "Mandala" (referência ao círculo tântrico, símbolo do universo).

"A origem oriental do título inspirou-me a representar a existência humana em suas diversas fases e segundo um percurso ideal", diz. "Trata-se de uma performance multimídia não tanto pelo uso da telecâmera e da tecnologia, mas porque me sirvo de cada meio -a imagem, o corpo e o sonho- para exprimir minha percepção do mundo."
Sobre a projeção ininterrupta de filmes durante o espetáculo, explica: "A alma pensa por imagens. Quando recordo meu passado, lembro de pessoas, de ambientes, mas não das palavras".
Com o espetáculo, Ezralow também acredita que encontrou um novo modo de entender a dança. "Trata-se de uma forma coreográfica que procura exprimir o abstrato não mais através do balé clássico, mas através de um envolvimento total dos sentidos. Em 'Mandala' procurei promover um encontro contemporâneo de cada elemento musical, pictórico e físico, que me permitisse criar um movimento total, sensual e espiritual."
"Filme vivo", é como o bailarino e coreógrafo define "Mandala", cuja trilha sonora inclui músicas de vários compositores contemporâneos, como Brian Eno, Harold Budd, Wim Mertens, além de um clássico, o russo Alexander Borodin. (AFP)



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