DA REPORTAGEM LOCAL

Onde está o Marky? Sobre o talvez mais famoso DJ brasileiro, ultimamente muita gente pergunta: o que está fazendo? Ele responde: "Em novembro do ano passado, lancei o "The Masterplan" [CD duplo em que Marky mixa faixas de vários produtores]. Continuo com residência bimestral no Clash e no The End [clube londrino]. Além disso, estou cuidando do meu filho [Gabriel, de três anos]".
Pois Marky aparece hoje em São Paulo, onde comanda uma discotecagem especial de sete horas para comemorar 20 anos de carreira -ele completa 35 anos no sábado. Não apenas Marky deixou de gerar tanta notícia, mas o próprio drum'n'bass está longe de receber a atenção que ganhava nos anos 1990.
"Isso acontece mais no Brasil. Na Europa e nos EUA, o drum'n'bass continua forte", afirma. "O d'n'b está muito mais maduro e interessante do que anos atrás. Lá fora, as festas estão sempre cheias de gente." Marky destaca, entre produtores, gente como Calibre e Marcus Intalex, que fazem d'n'b com "musicalidade".
"Tem gente que mistura d'n'b com heavy metal, com house, com funk... Tem muita coisa rolando. Hoje, todo mundo tem computador, ficou fácil pegar uma música, fazer remixes. Por outro lado, é mais difícil para uma faixa virar hit, estourar no mundo inteiro", diz o autor de "LK", que chegou à 17ª posição da parada britânica. Nesses 20 anos, não apenas o d'n'b mudou, mas o próprio estilo de discotecagem de Marky não é mais o mesmo. "Hoje, toco de forma menos agressiva, mais leve, com mais sensibilidade."