São Paulo, sexta, 12 de junho de 1998

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CINEMA
De hoje ao dia 25, 33 filmes de 19 países participam do evento
Festival em Nova York mapeia desrespeito aos direitos humanos

de Nova York

Uma curadoria militante e generosa marca a nona edição do Human Rights Watch International Film Festival, que acontece de hoje ao dia 25 no Lincoln Center de Nova York.
Com temas que variam das dificuldades de moradia em Cuba à luta pela liberação das mulheres indianas, 33 títulos de 19 países serão projetados e debatidos a partir da ótica do respeito aos direitos humanos.
Nenhum filme brasileiro ou sul-americano consta da seleção. A América Central é representada pela comédia "Amor Vertical", do cubano Arturo Sotto Diaz.
O forte do programa é a seleção de documentários. Alguns já foram exibidos no Brasil, como "Classified X - O Cinema Negro Segundo Melvin Van Peebles", de Mark Daniels, "Caminhos Cruzados", sobre o massacre de Ruanda há três anos, e "Murmurando", em que Byun Young Joo pesquisa o drama das jovens coreanas prostituídas à força pelas tropas japonesas durante a Segunda Guerra.
O mesmo conflito está em atrações como "A Letter without Words" (Uma Carta Sem Palavras), que revela o cotidiano da Alemanha entre 1912 e 1945, por meio dos filmes caseiros da família da cineasta Lisa Lewens.
Apenas nove filmes ficcionais foram escolhidos -e uma animação ("Repetition Compulsive", sobre o abuso sexual de uma menor). A honra da sessão de abertura cabe a "Blind Faith" (Fé Cega), em que Ernest Dickerson, ex-fotógrafo de Spike Lee, enfoca a injusta implicação de um jovem negro na morte de um garoto irlandês nos anos 50. (AL)



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