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MÚSICA
Programa destrincha o clássico "Nevermind"
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Em recente eleição dos melhores discos dos últimos 20 anos
promovida pela revista norte-americana "Spin", "OK Computer" foi quem ganhou o topo do
negócio. Para os críticos, o álbum
do Radiohead é como a materialização da garota dos sonhos, mas,
para aqueles que efetivamente
gastam dinheiro com CDs, está
longe do que representou "Nevermind", do Nirvana, que está num
distante terceiro lugar na tal lista.
Lançado no meio dos anos 90,
"OK Computer" tem uma beleza
quase sublime, construída por
meio de melodias complexas e
caóticas se comparada ao padrão
do rock da época; já "Nevermind", poucos anos antes (1991),
passou por cima de qualquer padrão que havia ao seu redor.
As rádios, a MTV e, por tabela,
as paradas eram lugar para gente
como Michael Jackson e Bon Jovi
até a chegada de "Nevermind"
-tema de especial amanhã, no
canal pago GNT.
Hoje, o álbum e o Nirvana são
incensados pela crítica, mas nem
sempre foi assim. Entre 91 e 94,
ano da morte de Kurt Cobain, a
banda era tachada de comercial,
pop demais, diziam que a quebradeira de instrumentos no final
dos shows era encenação, chamavam Cobain de marqueteiro.
Com o apoio de entrevistas e imagens de arquivo, o programa -tirado de um documentário saído
há pouco em DVD- ajuda a colocar as coisas no lugar.
Dave Grohl e Krist Novoselic
lembram das sessões de estúdio
com Cobain e de como o vocalista
se concentrava em cada situação
referente à banda; jornalistas tarimbados como Keith Cameron e
Everett True contextualizam o
Nirvana e o que veio depois com
"Nevermind"; mas o melhor é assistir a Butch Vig, o cara que produziu o álbum, mostrar detalhes
sobre a gravação de várias canções, como "Polly" -e é sintomático notar que Vig, que sabe
tudo de rock, não consiga levar
para seu Garbage nem um décimo do que ele fez com o Nirvana.
Clássicos do Rock
Quando: amanhã, às 21h, no GNT
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