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Diretor quer mais R$ 1,6 mi
da Sucursal do Rio
Guilherme Fontes vem fazendo
a seguinte proposta aos investidores que tem procurado: se conseguirem mais R$ 1,6 milhão, ele
termina "Chatô, o Rei do Brasil".
A proposta não tem empolgado
muito quem já aplicou recursos
nos projetos do produtor. Um
dos investidores, que pediu para
não ser identificado, disse à Folha
que se encontra em uma "sinuca
de bico". Ele teme o risco de o nome de sua empresa ficar ligado a
um projeto inconcluso, mas teme
ainda mais o risco de pôr mais dinheiro no filme.
A BR Distribuidora, subsidiária
da Petrobras, fechou seus cofres
depois de investir R$ 1,2 milhão
em dois projetos de Fontes: R$
800 mil em "Chatô, o Rei do Brasil" e R$ 400 mil na série "500
Anos de História do Brasil".
"Não há novas negociações
nem suplementação de verbas.
Nosso contrato com Guilherme
Fontes prevê que a primeira exibição pública de "Chatô" seja feita
até o último dia de dezembro. Até
lá, estamos acompanhando o que
está acontecendo", disse Elenora
de Martino Falin, coordenadora
de patrocínio da empresa.
O responsável pelos investimentos culturais de outra empresa, que também não quer ser
identificado, disse ter se surpreendido com os problemas no
projeto.
De acordo com o investidor, a
empresa solicitou -e recebeu-
no final do ano um relatório detalhado com todo o cronograma de
filmagens e alocação de recursos.
O investidor afirma que parecia
estar tudo certo, por isso ficou
surpreso com a paralisação. Na
sua opinião, a falta de controle do
MinC faz com que relatórios fantasiosos sejam enviados aos investidores. A Folha vem tentando
falar com Fontes desde o final de
maio, mas ele nunca respondeu
as ligações.
(CRISTINA GRILLO)
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