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LITERATURA
Obras serão lançadas semanalmente a partir de hoje; "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, é a primeira
Por R$ 9,90 cada livro, clássicos retornam às bancas
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Shakespeare, Dante Alighieri,
Dostoiévski e companhia estão de
volta às bancas de jornal de todo o
Brasil. Esses titãs da literatura universal terão, a partir de hoje, algumas de suas melhores obras à
venda, em edições de capa dura,
por simpáticos R$ 9,90 cada.
Trata-se da coleção "Obras-Primas", que a editora Nova Cultural
está lançando com patrocínio da
Cia. Suzano de Papel e Celulose.
"Dom Quixote", de Miguel de
Cervantes, dá largada ao projeto,
que pretende levar às bancas um
clássico a cada semana.
No total, serão publicados 40
volumes, que percorrem o arco
histórico que vai do épico "Odisséia", de Homero, de 800 a.C, até a
peça "Seis Personagens em Busca
de um Autor", de 1921, do italiano
Luigi Pirandello, Nobel de 1934.
A iniciativa não é inédita, já que
a maior parte dos títulos havia sido levada às bancas originalmente em 1983, com as mesmas traduções e projeto gráfico, com arabescos dourados decorando as
capas que imitam o couro.
Mas nessa reencarnação, a coleção "Obras-Primas" volta com os
livros mais baratos. A Abril Cultural, embrião do que viria a ser a
Nova Cultural (desde os anos 80
separada da editora Abril), chegou a vender livros em banca por
no mínimo US$ 5. Pelo dólar de
sexta, as 700 páginas de "Dom
Quixote" sairiam por US$ 3,4.
"Estamos vendendo muito barato graças ao patrocínio da Suzano. Um livro desse tamanho em
livraria não custaria menos do
que R$ 54", afirma a diretora da
Nova Cultural, Janice Flórido.
A parceria também garantiu um
perfil social ao projeto. Serão doadas coleções completas de livros
para 1.500 bibliotecas.
Além disso, 1% da renda líquida
da venda de cada livro será revertida para o projeto de incentivo à
leitura "Ler É Preciso", do instituto Ecofuturo, ONG da Suzano.
Não é a única novidade de
"Obras-Primas" versão 2002.
Quando lançada, a coleção tinha
60 títulos. O número caiu para 40,
mas novos clássicos como "Dama
das Camélias", "Mulherzinhas",
"Metamorfose" e "Um Conto de
Duas Cidades" engrossaram essa
biblioteca.
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