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São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2003

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The Rapture, sexta Tim, Pixies

LÚCIO RIBEIRO
COLUNISTA DA FOLHA

Das mais iluminadas atrações do Tim Festival, o Rapture, uma das formações favoritas desta coluna há muito tempo, finalmente lançou seu disco novo na Inglaterra, na última sexta-feira.
"Echoes", CD que promove a trombada da disco com o punk rock, traz luz para a cena mais legal hoje no mundo (a de Nova York), aloja na faixa seis a explosiva "House of Jealous Lovers", a música mais sacode pista deste século. Ou não. Desde o Blondie não havia uma banda suja de alma punk construindo músicas para tocar em festas.
Faixas como "Olio", "I Need Your Love", "Love Is All", "Sister Savior" e "Killing" são fenomenais.
Nelas dá para encontrar elementos de PIL, Cure e Gang of Four, art-rock dos anos 80, inventividade dance como Primal Scream e a alternância de euforias como o que se via no Nirvana.
 
Não há jornal mais legal no planeta do que a edição de domingo do britânico "The Guardian", que neste dia próprio se chama "The Observer". E lá no "Observer" de dois domingos atrás está escrito mais ou menos assim:
"Certos discos mudam as coisas. "Smells like Teen Spirit" é uma canção que serviu como poderoso combustível para uma chacoalhada barulhenta no horizonte musical dos anos 90. Antes, "Blue Monday", do New Order, também reconfigurou por uma década inteira o som que saía dos alto-falantes da juventude. "House of Jealous Lovers" tem feito as mesmas coisas, novamente".
 
Agueeeeeenta, coração! A sexta-feira, dia 31 de outubro, do Tim Festival está com um dos mais modernos line-ups da história brasileira. Só dois outros fazem páreo a essa noite do festival: o L7/Nirvana do Hollywood Rock de 93 e Kraftwerk/Massive Attack do Free Jazz de 98.
Não me lembro de outro.
Tem a banda do ano, o Rapture, a banda do novo século, o White Stripes, e o DJ electro-rock mais legal do planeta, o Erol Alkan. Para ficar mais sensacional, só se os Strokes e o Radiohead estivessem na mesma noite. Mas aí teria que ser no Maracanã.
 
Talvez o resultado final não seja o que se espera, mas quem se importa. Foi anunciado que os Pixies, a banda mais influente da música independente de todos os tempos, vai ser reagrupada para um disco novo e uma turnê mundial. Acabaram as rusgas entre Francis Black, Joey Santiago e Kim Deal, que levaram ao final do grupo há exatos dez anos.

lucio@uol.com.br


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