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MÚSICA
CDs
Instrumental
Alma do Nordeste
JOVINO SANTOS NETO
Gravadora: Adventure Music; Quanto: R$ 27, em média;
Avaliação: bom
Autor do disco "The Music of Hermeto
Pascoal" (2003), Jovino Santos Neto
tem muitas afinidades com seu mestre e amigo. O pianista dá toque
jazzístico a referências nordestinas, combinando sua experiência nos
EUA (vive em Seattle) ao conhecimento que tem de xotes, frevos e
baiões. O tema à Moacir Santos "São Pedro na Jangada" e o aboio "Alma do Nordeste" são exemplos felizes. Em algumas faixas, como
"Amoreira", improvisações e o uso de metais resultam cansativos.
POR QUE OUVIR: a liberdade com que se apropria da matéria-prima
nordestina, insinuando um piano à cubana aqui ("Festa na Macuca") e solos bem jazzísticos ali ("Forró Vino"), é muito saudável.
(LUIZ FERNANDO VIANNA)
Rock
The Black Parade Is Dead!
MY CHEMICAL ROMANCE
Gravadora: Warner; Quanto: R$ 35, em média;
Avaliação: bom
Mais ousada das bandas emo, o My Chemical Romance enterra com este CD e
DVD a fase "Black Parade", iniciada em
2006 com "The Black Parade", disco-conceito sobre vida e morte. Além
das guitarras rápidas típicas dos grupos emo, o MCR usa arranjos que
vão do heavy metal ao gótico, e vem daí os bons momentos da banda.
Aqui, no CD, há uma performance do MCR em estádio na Cidade do México; no DVD, o mesmo show do México e outro, menor, nos EUA.
POR QUE VER/OUVIR: discos-conceito normalmente são furadas,
mas o My Chemical Romance brinca com as idéias com humor e certa teatralidade. O que vale aqui é o DVD com o show mexicano, onde
a banda aparece vigorosa em músicas como "Welcome to the Black
Parade" e "Cancer".
(THIAGO NEY)
Rock
Atividade na Laje
COMUNIDADE NIN-JITSU
Gravadora: Olelê Music/Thurbo Music; Quanto: R$
19,90, em média;
Avaliação: regular
Anos antes do Bonde do Rolê, o funk carioca já ecoava no sul do país na fusão de
rock e miami bass feita por Edu K e pela Comunidade Nin-Jitsu, de Fred
"Chernobyl" Endres, que produziu faixas do disco de estréia do grupo
curitibano. Sexto álbum da Comunidade, "Atividade na Laje" toma emprestados os vocais do rap ("Sem Vacilar") e do ragga ("Usa Abusa"),
os riffs do hard rock ("Atividade na Laje"), a temática e a batida do
funk carioca ("Barraco Armado" e "Funk da Paz"), mas sem fazer disso
uma mistura interessante, como é o trabalho-solo de Chernobyl.
POR QUE OUVIR: porque eles acertam em (poucas) faixas como
"Funkstein", que junta o humor escrachado do funk carioca, guitarra funkeada e refrão do clássico da disco "Do You Wanna Go Party",
da KC & The Sunshine Band.
(BRUNA BITTENCOURT)
DVD
Pop
Where the Light Is
JOHN MAYER
Gravadora: Sony BMG; Quanto: R$ 35, em média;
Classificação indicativa: livre; Avaliação: bom
Dirigido por Danny Clinch, que já filmou
Ben Harper e Pearl Jam, o DVD é bem
mais interessante que o CD ao vivo, que
também chega às lojas. Intercalado com bastidores e entrevistas, o
show, (bem) filmado em super 35 mm, é dividido em três sets: o primeiro, acústico -e o mais chato-, é seguido pelo blues do engravatado John Mayer Trio; por último, a banda toca sucessos passados.
POR QUE VER: direção, fotografia e edição cuidadosas mostram o
que é um DVD de show bem-feito, e suas três partes dão uma boa
idéia de quem é o fenômeno Mayer. Do set acústico, "Free Fallin'"
(Tom Petty e Jeff Lynne); do trio, "Vultures", o melhor da voz rouca
de Mayer; da banda, os hits, como "Gravity".
(CRISTINA FIBE)
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