São Paulo, sexta-feira, 12 de setembro de 2008 |
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MÚSICA Crítica/CD/"Intimidade entre Estranhos" Novo solo de Frejat ressalta suas fraquezas DA REPORTAGEM LOCAL Cazuza nitidamente se livrou das amarras que limitavam sua criação ao sair do Barão Vermelho e, com isso, construiu uma bela obra individual. O oposto aconteceu com Roberto Frejat, que assumiu os vocais da banda a partir de 1985 e, neste século, resolveu investir numa carreira solo: sua melhor obra foi feita com o Barão. Isso fica nítido no recém-lançado "Intimidade Entre Estranhos", seu terceiro CD solo, que segue a linha pop romântica de "Amor para Recomeçar" (2001) e de "Sobre Nós Dois e o Resto do Mundo" (2003). É justo apontar que essa criação menos roqueira de Frejat soaria estranha no Barão Vermelho -o cantor tinha, portanto, seus motivos artísticos (e possivelmente outros) para começar a produzir sozinho. Como o novo álbum mostra, ele também anda se valendo de parceiros mais diversos, como Paulo Ricardo, Zeca Baleiro, Zé Ramalho e Black Alien. É forçoso reconhecer, no entanto, que o material é inferior à sua produção passada. Frejat não é um letrista nem um vocalista como Cazuza, e essa fraqueza, que ficava encoberta no som do Barão, fica ressaltada em baladas como "Eu Só Queria Entender", "Tua Laçada" e "Intimidade Entre Estranhos". A primeira canção de trabalho, a animada "Eu Não Quero Brigar Mais Não" (parceria com Black Alien) é a única que merece algum destaque. O pior é constatar que a fase solo de Frejat tem sido mais bem-sucedida (comercialmente) do que a parca produção do Barão neste século. (MAC)
INTIMIDADE ENTRE
ESTRANHOS
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