São Paulo, sábado, 12 de setembro de 1998

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Astral brilha no Marantz

especial para a Folha

O público paulista tem ainda duas chances de ouvir uma das revelações mais excitantes do jazz contemporâneo: a banda norte-americana Astral Project. Uma novidade que nem os nova-iorquinos conhecem.
A estréia do quinteto, no 2º festival Marantz Jazz Soundz, anteontem, foi impressionante. É raro encontrar uma banda tão criativa e que demonstre tanto prazer em improvisar.
O que chama atenção é o fato de seus integrantes serem solistas virtuoses. E que, por tocarem juntos há 20 anos, atingiram um grau incrível de integração.
Ironicamente, o que tem impedido até hoje o Astral Project de ser mais conhecido é sua insistência em se radicar em Nova Orleans -um centro voltado ao blues e ao jazz tradicional.
Se vivessem em Nova York, o guitarrista Steve Masakowsky, o saxofonista Tony Dagradi, o pianista David Torkanowsky, o baixista James Singleton e o baterista Johnny Vidacovich já seriam famosos há muito tempo.
Não é qualquer banda que pode se dar ao luxo de enveredar por estilos diversos -bebop, funky, free, soul-jazz, fusion- a cada número, com o mesmo grau de inventividade e suingue.
No programa de hoje, a banda toca após os shows de Jimmy Smith e Kevin Mahogany. Amanhã, sobe ao palco antes do grupo vocal Take 6. Só o Astral Project já vale o ingresso. (CC)
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Onde: Bourbon Street (r. dos Chanés, 127, Moema, tel. 011/ 5561-1643)
Quando: hoje e amanhã, às 21h30
Quanto: couvert artístico entre R$ 35 e R$ 90 (com direito a um drinque)




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