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Astral brilha
no Marantz
especial para a Folha
O público paulista tem
ainda duas chances de ouvir
uma das revelações mais
excitantes do jazz contemporâneo: a banda norte-americana Astral Project.
Uma novidade que nem os
nova-iorquinos conhecem.
A estréia do quinteto, no
2º festival Marantz Jazz
Soundz, anteontem, foi impressionante. É raro encontrar uma banda tão criativa
e que demonstre tanto prazer em improvisar.
O que chama atenção é o
fato de seus integrantes serem solistas virtuoses. E
que, por tocarem juntos há
20 anos, atingiram um grau
incrível de integração.
Ironicamente, o que tem
impedido até hoje o Astral
Project de ser mais conhecido é sua insistência em se
radicar em Nova Orleans
-um centro voltado ao
blues e ao jazz tradicional.
Se vivessem em Nova
York, o guitarrista Steve
Masakowsky, o saxofonista
Tony Dagradi, o pianista
David Torkanowsky, o baixista James Singleton e o
baterista Johnny Vidacovich já seriam famosos há
muito tempo.
Não é qualquer banda que
pode se dar ao luxo de enveredar por estilos diversos
-bebop, funky, free, soul-jazz, fusion- a cada número, com o mesmo grau de
inventividade e suingue.
No programa de hoje, a
banda toca após os shows
de Jimmy Smith e Kevin
Mahogany. Amanhã, sobe
ao palco antes do grupo vocal Take 6. Só o Astral Project já vale o ingresso.
(CC)
²
Onde: Bourbon Street (r. dos
Chanés, 127, Moema, tel. 011/
5561-1643)
Quando: hoje e amanhã, às 21h30
Quanto: couvert artístico entre R$
35 e R$ 90 (com direito a um
drinque)
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