da Redação

"Uma Guerra que Fosse Sua" é um ensaio filosófico sobre a normalidade e a moral em tempo de guerra. A reflexão nasce de fatos que compõem o cotidiano da guerra: a dificuldade em fazer compras, o medo da morte, a falta de remédios, o drama de não perceber o tempo passar.
Acima de tudo, o livro de Jasmina é sobre mulheres, historicamente posicionadas na retaguarda das guerras. Jasmina conta, com surpresa, como descobriu dentro de si a vontade de dar a luz ("é instintivo, uma vontade de dar a vida onde só se vê a morte").
É deste prisma que analisa as transformações sociais e anuncia o que considera o grande monstro a se formar no seio da juventude sérvia: a perda da identidade cultural. Para ela, a nova geração cuidará apenas de se defender com violência da vergonha de carregar o rótulo de vilã.
Mas defende que as mulheres, ainda que "idiotas políticas", podem salvar o país. ("É por sermos mulheres que temos a liberdade de sermos idiotas políticas e de tomarmos uma posição que ninguém toma. Porque nunca empunhamos armas é possível lutar, como se saltássemos de um filme, ligando as luzes do cinema.") (SC)

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