São Paulo, Quinta-feira, 13 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Aos 27, foi reconhecido

da Reportagem Local

Baiano de Juazeiro, de 10 de junho de 1931, João Gilberto Prado Pereira de Oliveira não foi artista de sucesso precoce.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1949, passando por empregos periféricos até a atuação na noite e o cargo de crooner do conjunto vocal Garotos da Lua.
Foi nesse ambiente, dos grupos vocais que se sucediam numa tradição que remontava aos acompanhantes de Carmen Miranda, que formou gosto musical e conjunto de referências -ao longo da carreira pós-sucesso, gravaria vários exemplares do repertório dessa fase.
O reconhecimento foi começar a ser logrado em seus 27 anos, quando seu violão -futura fonte da revolução que promoveria na música popular brasileira- se fez ouvir em duas faixas do LP "Canção do Amor Demais" (58), de Elizeth Cardoso.
Eram, ambas -"Chega de Saudade" e "Outra Vez"-, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, que começavam a constituir assim, com João, o núcleo central dos inventores (Vinicius só como letrista) da bossa nova, o novo samba de tratamento jazzístico e interpretação suave, avessa ao domínio dos vozeirões populares brasileiros.
O disco de Elizeth abriu alas para seu próprio, "Chega de Saudade" (59), em torno de cujas batida de violão, harmonia e modo de cantar João tem girado -e se aperfeiçoado- desde então. (PAS)


Texto Anterior: Redundâncias e maravilhas
Próximo Texto: Livro investiga a batida da bossa nova
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.