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Aos 27, foi reconhecido
da Reportagem Local
Baiano de Juazeiro, de 10 de junho de 1931, João Gilberto Prado
Pereira de Oliveira não foi artista
de sucesso precoce.
Mudou-se para o Rio de Janeiro
em 1949, passando por empregos
periféricos até a atuação na noite e
o cargo de crooner do conjunto
vocal Garotos da Lua.
Foi nesse ambiente, dos grupos
vocais que se sucediam numa tradição que remontava aos acompanhantes de Carmen Miranda,
que formou gosto musical e conjunto de referências -ao longo
da carreira pós-sucesso, gravaria
vários exemplares do repertório
dessa fase.
O reconhecimento foi começar
a ser logrado em seus 27 anos,
quando seu violão -futura fonte
da revolução que promoveria na
música popular brasileira- se fez
ouvir em duas faixas do LP "Canção do Amor Demais" (58), de
Elizeth Cardoso.
Eram, ambas -"Chega de Saudade" e "Outra Vez"-, de Tom
Jobim e Vinicius de Moraes, que
começavam a constituir assim,
com João, o núcleo central dos inventores (Vinicius só como letrista) da bossa nova, o novo samba
de tratamento jazzístico e interpretação suave, avessa ao domínio dos vozeirões populares brasileiros.
O disco de Elizeth abriu alas para seu próprio, "Chega de Saudade" (59), em torno de cujas batida
de violão, harmonia e modo de
cantar João tem girado -e se
aperfeiçoado- desde então.
(PAS)
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